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Protagonista desde cedo, Neymar é esperança do Brasil na Copa

15 jun 2018 - 08h02
(atualizado às 08h02)
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"O ousado chegou". Neymar, em todas suas passagens por clubes (Santos, Barcelona e Paris Saint-Germain), além da própria Seleção Brasileira, veio para ficar, despontando como protagonista absoluto e centro das atenções. Não será diferente no time montado pelo técnico Tite para a disputa da Copa do Mundo de 2018, na Rússia: se o Brasil almeja a chance de ganhar o tão esperado hexacampeonato, precisa que o camisa 10 atue bem e comande a equipe em campo.

Foi no dia 7 de março de 2009 que o principal futebolista brasileiro na atualidade começou sua carreira profissional, depois de anos nas categorias de base do Santos. Como no restante de sua trajetória no esporte nacional, a ascensão foi meteórica - menos de um ano depois, o natural de Mogi das Cruzes já despontava como uma das maiores promessas do Brasil. Em 2010, Neymar conquistou seu primeiro título: o Campeonato Paulista. Junto de Paulo Henrique Ganso, Robinho e André, formou o quarteto conhecido como "Meninos da Vila", que despontou no futebol nacional por seu estilo de jogo jovem e habilidoso. O rápido crescimento de Neymar no ano fez com que torcedores da Seleção Brasileira pedissem sua convocação para a disputa da Copa do Mundo na África do Sul. Entretanto, o então técnico Dunga ignorou os pedidos e não incluiu o atacante sequer na lista de 35 selecionados. Tal fato não pareceu afetar o desempenho do camisa 10 dentro de campo, já que seguia roubando a cena e surgindo, cada vez mais, como principal jogador do Santos.

Nem tudo foram flores, entretanto. A personalidade de Neymar passou a ser evidenciada, junto de seu futebol. Em setembro daquele ano, discutiu com o então técnico do Peixe, Dorival Júnior, sobre a cobrança de um pênalti, em partida contra o Atlético-GO. O técnico rival, Renê Simões, proferiu a frase que sempre acompanhou o astro quando este era alvo de alguma polêmica (que não foram poucas): "Estamos criando um monstro." As consequências da confusão foram graves: em uma queda de braço, Dorival perdeu e acabou por ser demitido do comando técnico santista pouco depois.

O restante de sua carreira no Santos seguiu o padrão de sua ascensão: muitos dribles, protagonismo, gols e títulos. E as conquistas não foram poucas: Mais dois Campeonato Paulista na conta (2011 e 2012), Copa do Brasil (2010), Libertadores (2011) e Recopa (2012). Naturalmente, o sucesso foi acompanhado de muita atenção dos clubes europeus a Neymar. Depois de sondagens reais de Chelsea e Real Madrid, o camisa 10 acertou, em 2013, com o Barcelona, clube que derrotou o Santos no Mundial de Clubes dois anos antes. A negociação, mais tarde, foi igualmente alvo de polêmicas, que referiam-se ao valor realmente gasto pelos catalães na transferência do jogador.

Foi no Barça que Neymar atingiu o ponto alto de sua carreira. Fazendo parceria de sucesso com Messi e Suárez, o brasileiro solidificou sua posição como mais importante atleta do esporte nacional ao vencer 10 títulos com os catalães em somente quatro temporadas: dentre as conquistas, uma Liga dos Campeões (2015), um Mundial de Clubes (2015) e dois Campeonatos Espanhóis (2015 e 2016). No plano individual, mais sucesso: foi o artilheiro da Liga dos Campeões em 2015, ano do título, com 10 gols em 12 jogos, e chegou a figurar entre os três melhores jogadores eleitos pela Fifa na Bola de Ouro, em 2017. Foi neste ano, aliás, que alegando o desejo de disputar novos desafios, Neymar concretizou sua transferência ao Paris Saint-Germain, tornando-se o jogador mais caro da história do futebol: à época, foram pagos 222 milhões de euros.

No PSG, o camisa 10 assumiu o protagonismo absoluto da equipe, já que, no Barça, vivia à sombra de Messi. Entretanto, novamente as polêmicas o acompanharam: o brasileiro não se entendeu com Cavani sobre a posição oficial de cobrador de pênaltis e faltas no clube francês e o desentendimento entre os jogadores teve que ser resolvido publicamente. Se, por um lado, o Paris Saint-Germain conquistou tudo a nível nacional, vencendo Copa da França, Copa da Liga Francesa e o Campeonato Francês, o maior objetivo traçado pela diretoria do time não foi alcançado, já que o PSG foi eliminado da Liga dos Campeões nas oitavas de final, diante do Real Madrid. Além disso, Neymar correu o risco de não disputar a Copa do Mundo: o jogador sofreu lesão no quinto metatarso do pé direito, desfalcou a equipe na reta final da temporada e chegou à concentração brasileira para o Mundial ainda sem condições físicas ideais.

Por falar em Seleção Brasileira, a carreira do jogador na equipe verde e amarela começou cedo: depois de ter sido desprezado por Dunga na Copa de 2010, Mano Menezes resolveu dar uma chance ao então garoto no mesmo ano. Desde então, Neymar nunca mais deixou o status de presença garantida nas convocações do Brasil, mesmo com as trocas de comando técnico. Se os títulos recheiam sua trajetória nos clubes, o mesmo não pode ser dito na Seleção: em oito anos, duas conquistas - Copa das Confederações de 2013 e Olimpíadas de 2016. Ainda assim, o camisa 10 permanece, justamente, como maior esperança da torcida brasileira para a conquista da Copa do Mundo deste ano, na Rússia: para vencer o Brasil vencer o Mundial, Neymar precisa fazer o que fez de melhor - assumir o protagonismo.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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