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Tite minimiza atuação apagada do Brasil e valoriza equilíbrio

16 nov 2018 - 22h22
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A Seleção Brasileira venceu o Uruguai nesta sexta-feira de forma dramática. Graças a um pênalti bastante contestado pelos adversários, o time comandado pelo técnico Tite acabou triunfando por 1 a 0, e o treinador canarinho fez questão de enaltecer o equilíbrio demonstrado por sua equipe desde que assumiu o comando, em junho de 2016.

"É um clássico sul-americano. Não tem jogo amistoso, o nível de enfrentamento é alto, duas escolas diferentes. A nossa de posse de bola, triangulação, infiltração, jogadas no chão. O adversário, às vezes, de pouco faz muito. Eles têm jogadores perigosos na frente, com qualidade, Bentancur com muita qualidade técnica", disse Tite.

"Está aí a resposta final. A equipe fez todo o jogo que a tornou merecedora da vitória. Na grande maioria das vezes, dominou e controlou o adversário, o que é muito difícil por conta dessa bola aguda que eles têm", completou.

Enfrentando muitas dificuldades para criar jogadas de perigo em Londres mesmo com o fato de o Uruguai contar com dez desfalques, a Seleção Brasileira acabou apelando em diversos momentos para a individualidade de Neymar, barrado muitas vezes por conta de dribles e jogadas precipitadas. Em contrapartida, a defesa mais uma vez se manteve intacta, neutralizando ninguém mais, ninguém menos que a dupla Cavani e Suárez.

"Grandes equipes são aquelas que invariavelmente marcam. Jogamos 30 vezes e fizemos gol em 28. Cria-se oportunidades, hoje a equipe teve 12 finalizações, quatro no gol. A primeira ou segunda do Richarlison… ele teve uma oportunidade. No primeiro tempo a marcação estava forte, com um adversário bem-estruturado. A equipe chegou a 23 jogos sem tomar gol. Encontrar o ponto de equilíbrio é a ideia", enfatizou o treinador da Seleção.

Apesar de destacar os pontos positivos da Seleção Brasileira, Tite admitiu que algumas dificuldades ficaram nítidas dentro de campo, muito por conta da falta de entrosamento de seus convocados - sem Casemiro e Coutinho, novos meio-campistas receberam a oportunidade de mostrar seu valor, como Walace e Allan.

"Quando você mexe na estrutura do meio-campo e você tem Walace, que se acostumou a ser segundo volante, atuando hoje como primeiro, você acaba perdendo mecânica. Ele e o Arthur não jogam juntos, o entrosamento fica difícil. Renato, Filipe Luís e Neymar olham para baixo e já sabem onde triangular. Com o passar do tempo eles podem ter um entrosamento maior", concluiu Tite.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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