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Paris Saint-Germain

Neymar lembra outro episódio de racismo ao defender protesto na Liga dos Campeões

Jogadores do PSG e Istanbul Basaksehir deixaram o campo, na última terça-feira, após caso de racismo cometido pelo quarto árbitro contra Pierre Webó

9 dez 2020 - 22h37
(atualizado às 22h37)
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Um dos líderes do movimento de jogadores de Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir que deixaram o campo no começo do jogo entre as equipes nesta terça-feira em protesto contra o racismo, pela Liga dos Campeões, o brasileiro Neymar falou sobre o caso e citou outro episódio ocorrido meses antes, no Campeonato Francês. As declarações do atacante vieram nesta quarta, após PSG e Basaksehir voltarem a campo para concluir o confronto.

"A gente tem que fazer isso. Fizemos muito bem. Foi o que deu na minha cabeça, foi o que eu deveria ter feito na primeira vez", disse Neymar à Telefoot. Na terça, jogadores dos dois times deixaram o campo após ofensa racista do quarto árbitro Sebastian Coltescu.

O atacante se referiu ao caso vivido em setembro, quando acusou o zagueiro Álvaro González, do Olympique de Marselha, de proferir injúrias raciais. Na época, o brasileiro foi expulso por agredir o adversário e se revoltou antes de deixar o campo.

"É uma coisa muito séria, muito delicada. Infelizmente, ocorreu essa situação, que é bem chata. Aconteceu comigo no começo da temporada. Senti na pele e sei que não é legal sofrer qualquer ato ou insinuação por sua cor, por sua raça", afirmou Neymar nesta quarta.

Na partida retomada contra o Istanbul Basaksehir, o craque da seleção brasileira brilhou e marcou três na goleada francesa por 5 a 1, cerca de 24 horas depois de os atletas terem deixado o Parque dos Príncipes, em Paris, acusando Sebastian Coltescu de racismo.

O quarto árbitro foi acusado de injúria racial contra o camaronês Pierre Webó, membro da comissão do Basaksehir. Neymar e o atacante francês Kylian Mbappé, do PSG, disseram ao juiz Ovidiu Hategan que sairiam do jogo caso Coltescu não fosse retirado da partida.

O movimento ocorreu depois de Webó acusar o quarto árbitro de racismo e de o atacante senegalês Demba Ba liderar o movimento para que os atletas deixassem o gramado do estádio em protesto.

Além de comentar o caso desta terça, Neymar falou sobre seu futuro no PSG. "Estou muito feliz aqui em Paris, muito feliz no clube, com meus companheiros. Não passa pela minha cabeça sair daqui", disse o atacante brasileiro à RMC Sport.

"Mas as coisas têm que ser discutidas. Temos uma relação muito boa hoje, estou muito feliz e veremos o que acontece no futuro", ponderou o jogador, que declarou recentemente que gostaria de jogar com o atacante argentino Lionel Messi, do Barcelona, onde Neymar jogou.

De todo modo, o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, confirmou à RMC que as negociações estão no caminho certo tanto com Neymar quanto com Mbappé. O contrato dos dois atacantes se encerra em 2022.

"É algo confidencial, mas estamos muito confiantes. Os dois querem ficar", afirmou. "Respeitamos outros clubes e precisamos que outros nos respeitem. Para mim, Messi é um jogador do Barcelona, respeitamos o Barcelona, por isso não vamos falar sobre isso", disse.

Estadão
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