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Bayern de Munique

Philippe Coutinho amarga má fase no Bayern e passa a ser criticado

Brasileiro deixou o Barcelona para recuperar o bom futebol na Alemanha, mas ainda está devendo

7 fev 2020 - 12h11
(atualizado às 14h44)
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Ao trocar o Barcelona pelo Bayern de Munique no ano passado, a meta de Philippe Coutinho, 27 anos, era retomar o bom futebol dos tempos de Liverpool e liderar o time alemão. Seis meses depois, o brasileiro ainda não conseguiu alcançar o seu objetivo, enfrenta mau momento no clube bávaro e passou a ter o seu trabalho questionado. A crise com o jogador ficou escancarada depois que o diretor esportivo do Bayern Munique, Hasan Salihamidzic, criticou publicamente a atuação de Coutinho na vitória diante do Hoffenheim por 4 a 3 pela Copa da Alemanha na última quarta-feira.

"Coutinho faz boas coisas às vezes, mas por vezes complica tudo", disse Salihamidzic ao comentar a falha do brasileiro no lance que deu origem ao primeiro gol do Hoffenheim.

Em entrevista publicada no jornal Bild, o técnico do Bayern de Munique, Hans Flick, reconheceu a má fase de Coutinho. "Ele é nosso jogador e temos de ajudá-lo. Ainda estou convencido de que ele ainda vai nos dar muito. Existe uma má fase em todas as carreiras", disse.

Em 26 partidas pelo Bayern, Coutinho marcou seis gols e deu oito assistências. Números abaixo dos esperados pela diretoria do clube alemão quando o contratou por empréstimo de um ano com opção de compra. O Bayern pagou ao Barcelona 8,5 milhões de euros (R$ 40 milhões) e assumiu o salário integral de Coutinho, estimado em 13 milhões de euros (R$ 61 milhões) por temporada.

Em dezembro, Coutinho chegou a marcar três gols e deu duas assistências contra Werder Bremen. A atuação de gala passou a impressão de que ele, enfim, ele tinha se encontrado no Bayern. Mas, o brasileiro não conseguiu emplacar uma sequência de bons jogos e, por isso, já se especula na imprensa alemã que o Bayern não vai exercer a opção de compra na próxima janela de transferências e pagar ao Barcelona 120 milhões de euros (R$ 565 milhões) pelo jogador.

A situação de Coutinho hoje é bem diferente daquela encontrada pelo brasileiro em Munique, em agosto, quando ele chegou ao Bayern. Karl-Heinz Rummenigge, CEO do clube, chegou a afirmar durante a sua apresentação que Coutinho era um "jogador absolutamente top".

Hoje, quem é esse jogador dentro do time bávaro é o polonês Robert Lewandowski. No jogo contra o Hoffenheim, aquele em que Coutinho falhou, coube a Lewandowski salvar a pele do Bayern tendo marcado dois gols que garantiram a classificação às quartas de final da Copa da Alemanha.

No Campeonato Alemão, o desempenho do polonês é espetacular. Em 20 rodadas, o atacante já marcou 22 gols. Nos cinco grandes campeonatos europeus, somente Ciro Immobile tem números melhores, com 25 gols em 22 jogos na Serie A italiana pela Lazio. O rendimento de Lewandowski levou o Bayern à liderança do Alemão, à frente do Red Bull Leipzig - as duas equipes se enfrentam no domingo.

Ao custo de 120 milhões de euros (R$ 565 milhões), Coutinho é a contratação mais cara de toda a história do Barcelona. Revelado pelo Vasco, ele foi vendido para a Inter de Milão em 2010. Dois anos depois, foi para o Espanyol. E, em 2013, mudou-se para o Liverpool.

O fato de o brasileiro não ter engrenado ainda no Bayern atrapalha os planos do Barcelona para a próxima janela de transferências. A meta era vendê-lo ao clube alemão no meio do ano e usar dinheiro para tentar trazer Neymar de volta à Catalunha.

A fase irregular de Coutinho também atinge a seleção brasileira em um ano importante da equipe, com Eliminatórias e Copa América. O meia é peça fundamental no esquema montado por Tite.

Estadão
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