Entenda por que conflito geopolítico pode tirar Mkhitaryan da final da Liga Europa
Depois de 13 anos, o Arsenal está de volta à final de uma competição europeia. Classificado para a grande decisão da Liga Europa, os Gunners podem enfrentar o Chelsea no dia 29 de maio sem um jogador importante de seu elenco: o meia-atacante Mkhitaryan. O jogador é armênio, país que disputa território com o Azerbaijão, país que sediará a partida decisiva da competição.
A final será realizada no estádio Olímpico de Baku, na capital do país localizado no leste europeu. Azerbaijão e Armênia brigam pela hegemonia da região de Nagorno-Karabakh, situada nas montanhas do Pequeno Cáucaso. Por conta dessa desavença geopolítica, os dois países não mantêm relações diplomáticas, motivo esse que desperta o temor de que Mkhitaryan não receba o visto que o autorize a entrar no território que sediará o jogo.
Na fase de grupos da atual edição, o meia já ficou de fora da partida do Arsenal contra o Qarabag por não ter obtido a autorização das autoridades do Azerbaijão. O clube londrino já manifestou sua preocupação em relação ao atleta, afirmando que a Uefa ainda não demonstrou que poderá garantir a segurança necessária para a viagem do jogador ao país.
"A segurança de nossos jogadores é de importância primordial. Estamos esperando garantias da Uefa de que será seguro para Henrikh Mikhitaryan viajar a Baku para a final da Liga Europa, o que é requerido tanto pelo Arsenal quanto por Mikhitaryan como condição para que ele seja incluído entre os relacionados para a partida", afirmou um porta-voz dos Gunners.
"As garantias que estamos esperando ainda não foram dadas, e esperamos que a Uefa consiga solucionar esse problema de forma rápida. Estamos seriamente preocupados que a localização da partida final seja algo que não permita a Mikhitaryan jogar a final europeia", adicionou.
O procedimento padrão adotado pela entidade europeia em situações como esta é pedir auxílio às Federações de cada país e às embaixadas das nações, visando facilitar a emissão de vistos e garantir a segurança dos atletas envolvidos no conflito.