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Coutinho aponta erros do Brasil em estreia e faz até mea-culpa

19 jun 2018 - 22h42
(atualizado às 22h42)
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Assim que deixaram a Arena Rostov, em Rostov do Don, os jogadores da Seleção Brasileira fizeram questão de colocar panos quentes na situação incômoda de estrear na Copa do Mundo apenas com um empate diante da Suíça. O discurso geral foi de "calma" e confiança na classificação às oitavas de final.

Passado o baque inicial, agora o momento é de 'tocar o dedo na feria' e entender o que precisa melhorar. E ninguém melhor do que um dos cérebros da equipe de Tite para expor as lições do tropeço da estreia.

"O primeiro jogo envolve muitas coisas, há uma série de fatores, como estreia em Mundial. Todo mundo estava ansioso. Criamos bastante, como durante as Eliminatórias, mas, de repente, deveríamos finalizar melhor. Também foi conversado isso. Deveríamos ter trabalhado um pouco mais a bola pelos dois lados", avaliou Philippe Coutinho, escolhido como 'o cara do jogo' pela Fifa na ocasião. Nem por isso, o meio se deu por satisfeito com o desempenho.

"Tínhamos que virar mais o jogo. Às vezes pegamos a bola e já queremos atacar, fazer o gol. Temos que ter esse equilíbrio, virar um pouco mais a bola para entrar no momento certo", disse, antes de fazer mea-culpa.

"Essa função é de quem está ali na posição: minha, do Casemiro, do Paulinho. Na verdade, o Paulino está mais para o outro lado. Mas a função é nossa. De repente, nesse jogo faltou girar um pouco mais, usar nosso lado direito, que é muito forte. Faltou esse equilíbrio. Com certeza vamos ajustar isso para o próximo jogo".

Ciente de suas responsabilidades, o camisa 11 do Brasil aproveitou para minimizar os botados de que estaria com dificuldade para jogar mais centralizado, e não aberto pela esquerda, onde se destacou pelo Liverpool até ser contratado pelo Barcelona. Na Seleção é Neymar que atua pelo setor favorito de Coutinho.

"Já joguei nessa posição bastante vezes, me sinto à vontade. Essa questão de aparecer ou não no jogo, sempre tento fazer o meu melhor. Às vezes as coisas não saem como a gente quer, as pessoas vão comentar, mas tenho sempre na minha cabeça de ajudar a equipe do jeito que sei jogar, do jeito que o professor Tite precisar", avisou.

Não são só os momentos de posse de bola que passam pela avaliação de Philippe Coutinho. Sem tanta responsabilidade defensiva nas bolas paradas, o craque não se eximiu da falha coletiva que originou o gol de empate da Suíça no último domingo.

"Treinamos bastante bola parada, isso é uma das coisas que o Tite trabalha muito, ele é muito ligado nos detalhes. Sempre, nos treinamentos, ele busca a perfeição nas bolas paradas, porque vemos que se decide muitos jogos assim, ainda mais em Copa do Mundo. Até mesmo ofensivamente também. Cada um tem a sua função. Eu não sou um dos mais altos, às vezes fico um pouco fora, mas tenho a minha função de ajudar também", lembrou.

Agora, a esperança é de que todos os ajustes necessários sejam feitos até o confronto com a Costa Rica, marcado para às 9h (horário de Brasília), pela segunda rodada do grupo E.

"Claro que depois do jogo conversamos sobre o que podemos melhorar, sobre o que aconteceu no jogo, sobre essa questão dos pontos, isso já foi passado antes. Toda a história que tem nas competições, classificação, a gente sabe disso. Eu, pelo menos na minha cabeça, todo jogo da Copa do Mundo é uma final. Responsabilidade sempre vai ter, mas temos que estar com a cabeça boa, fazer um grande jogo", concluiu Philippe Coutinho.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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