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Copa do Mundo

Sampaoli quebra silêncio três meses após a Copa do Mundo

9 out 2018 - 11h09
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Bicampeã, a seleção da Argentina era, mais uma vez, uma das favoritas ao título da Copa do Mundo da Rússia. No entanto, após uma campanha com empate na estreia contra a Islândia, uma vitória e duas derrotas (Croácia e França), os hermanos caíram nas oitavas e voltaram para casa mais cedo. Quase cem dias após o fato, o técnico Jorge Sampaoli, que agora não está mais à frente da Albiceleste e considerado um dos grandes culpados pelo mau desempenho, deu sua primeira declaração.

"Na Argentina, tem muita loucura: se você não ganha, é considerado um perdedor. Foi um ano em um lugar (a seleção) de muita tempestade, exigência, obrigação, imediatismo, onde nós e o jogadores estávamos obrigados somente a ganhar. Foi difícil tornar essa melodia harmônica, mas estávamos muito envolvidos", disse em entrevista ao jornal espanhol Marca.

O fardo que esse grupo tinha era muito pesado, fomos empurrados a um caminho de obrigação onde era difícil fazer surgir o talento.

Para ele, o fardo diz respeito a uma expectativa muito alta, a de ser campeão do mundo, algo que não acontece desde 1986 com Maradona (que, inclusive, foi um dos que reclamou do treinador). O ex-comandante da seleção também falou sobre a maior estrela do time, Lionel Messi, e garantiu: "o melhor jogador do mundo" estava muito comprometido.

"Foi incrível (treinar Messi), principalmente por vê-lo tão comprometido, sofrendo muito quando não se ganhava. O melhor jogador da história estava muito comprometido. Ter o melhor do mundo na sua equipe te obriga a uma exigência máxima. No resto, devemos estar à sua altura. No entanto, às vezes conseguimos, às vezes não. Estávamos todos os dias nessa luta. Ter Leo te obriga a não ter margem de erro na hora de ganhar", finalizou.

No dia da final da Copa do Mundo, em 15 de julho, a Associação de Futebol Argentino (AFA) divulgou a saída de Sampaoli do comando técnico da seleção após o fiasco na competição. Os próximos compromissos da Argentina serão na quinta-feira (11), contra o Iraque, e dia 16 contra o Brasil, sob comando de Scaloni.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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