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Argentina

Raio-X da Argentina, próximo adversário do Brasil na Copa América

2 jul 2019 - 08h19
(atualizado às 08h19)
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Brasil e Argentina travarão o principal clássico do continente na próxima terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília) no Mineirão, Belo Horizonte, pelas semifinais da Copa América.

Criticada durante a primeira fase, os argentinos se classificaram na segunda colocação do grupo B, após uma vitória sobre o Catar, um empate com o Paraguai e uma derrota frente a Colômbia. Nas quartas de final, a equipe albiceleste fez sua melhor apresentação, derrotando a Venezuela por 2 a 0 no Maracanã.

Renovada após a Copa do Mundo de 2018, a equipe comandada pelo novato Lionel Scaloni deixou de lado nomes mais experientes como Mercado, Mascherano, Banega e Higuaín, e chamou apenas nove dos 23 convocados para a Copa do Mundo de 2018.

Como joga?

A mudança mais drástica da argentina é na defesa e no meio-campo. No setor defensivo, Scaloni promoveu as entradas de Foyth ou Saravia na lateral direita e de Pezzella na defesa. Já no meio-campo, Paredes, De Paul e Lo Celso (ou Acuña) formam o trio de jogadores jovens com pouca experiente com a seleção.

Os novatos tentam ajudar Messi a vencer seu primeiro título principal defendendo a camisa argentina. O camisa 10 tem ao seu lado no ataque, uma referência, Aguero, e mais um jovem, o atacante da Inter de Milão Lautaro Martínez, artilheiro da albiceleste na competição com dois gols.

No banco de reservas, o destaque é o meia-campista Di María do PSG, que pode ser uma opção mais conservadora para a escalação inicial no lugar de um dos atacantes, Lautaro ou Aguero. Dybala da Juventus é outra estrela na reserva, mas que não vem sendo utilizada.

Em contraste com o Brasil, a equipe de Scaloni não é tão ofensiva e não retém tanto a bola. Em média, a Argentina tem apenas 50,75% de posse na competição, com 418 passes. No jogo contra a Venezuela nas quartas de final, os albicelestes ainda tiveram menos a bola que os venezuelanos, 41%, passando menos que os rivais, apenas 303 vezes.

Com menos ímpeto ofensivo, o time argentino ainda tem número inferior finalizações em relação à Seleção Brasileira, 49 no total e 24 certas, média de seis chutes no alvo por partida, contra 75 dos brasileiros, que acertaram o alvo 27 vezes.

O craque

Em busca de seu primeiro titulo com a camisa da Argentina, Messi não vem se destacando nesta Copa América, mas é sempre a maior preocupação dos marcadores adversários.

Escolhido cinco vezes melhor do mundo pela Fifa, o camisa 10 do Barcelona participou das quatro partidas desta edição do torneio continental, marcando um gol em dez tentativas. O único tento de Messi foi anotado na partida contra o Paraguai, em cobrança de pênalti.

Enfrentando o Brasil, Messi disputou nove jogos pela seleção principal, vencendo três vezes, além de um empate e cinco derrotas, com quatro gols marcados.

"É ter cuidado com a bola, um jogador que muitos falam que caminha durante o jogo, mas ele sempre busca o espaço dele pra, quando recuperar a bola, puxar o contra-ataque. Quando formos atacados, é neutralizar as principais jogadas, neutralizar a bola para chegar nele (Messi) um pouco mais na dividida, e não tão limpa. Pra quem estiver marcando, é não buscar roubar a bola, e sim dobrar a marcação", revelou Thiago Silva em entrevista coletiva.

O treinador

Ex-jogador, Scaloni foi assistente técnico da equipe comandada por Jorge Sampaoli na Copa do Mundo de 2018 e estava treinando o time sub-20 da Argentina. Sem conseguir assinar com um nome de maior expressão após a demissão do atual treinador do Santos, a AFA entregou o cargo nas mãos do técnico.

Ainda como interino, Scaloni comandou a Argentina seis vezes e mais sete já efetivado no cargo. Ao todo, o comandante tem 13 partidas na beira do campo, somando oito vitórias, dois empates e três derrotas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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