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Copa da Rússia

Argentinos sofrem, mas celebram classificação às oitavas da Copa

26 jun 2018 - 19h44
(atualizado às 19h44)
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A classificação da Argentina não poderia ter sido de maneira mais dramática. O triunfo por 2 a 1 contra a Nigéria colocou Lionel Messi e cia nas oitavas de final da Copa do Mundo. Os argentinos, que moram em São Paulo se reuniram no Moocaires Resto Bar, um típico bar hermano para acompanhar a partida decisiva.

Antes da bola rolar, o clima era de confiança entre os torcedores: "Vamos estrear nessa Copa do Mundo hoje. A gente passa fácil", afirmou Bruno Larizza. O último treinamento em solo russo deu a entender que Javier Mascherano ajudou o técnico Jorge Sampaoli a definir os 11 titulares. O fato novo também animou os presentes no Bar: "Teve uma conversa do Sampaoli com os jogadores, vai ter uma união. A Argentina vai jogar como tem que jogar", disse Vinicius Mattos.

Quando o árbitro turco Cuneyt Cakir autorizou o começo da partida, o bar ficou tenso. A torcida cantava, pulava. Para alguns, faltava até unha. Aos 14 minutos do primeiro tempo, quando Messi recebeu um belo passe de Banega, ajeitou, bateu com a perna direita e abriu o placar, o Moocaires explodiu, as cervejas voaram, 1 a 0 para a Argentina e muita festa.

Até o final do primeiro tempo, os presentes seguiam comemorando. Porém, era só a imagem fechar no técnico Jorge Sampaoli para os xingamentos surgirem. Como contraponto, quando Maradona aparecia, a torcida entrava em devoção.

Durante o intervalo, os hermanos estavam ainda mais confiantes. Mesmo assim, Axel Nabir, argentino que passa férias no Brasil fez questão de frisar: "Está jogando igual aos outros jogos (contra Islândia e Croácia). Hoje eles estão mais motivados, o time está tendo mais atitude e faltava a entrada de Banega entre os titulares. O lançamento que ele deu para o Messi foi espetacular", pontuou o torcedor.

Bastou começar o segundo tempo para o drama argentino ganhar maiores proporções. O juiz assinalou pênalti de Mascherano em Balogun. A marcação revoltou os torcedores, mas de nada adiantou, pois, Moses converteu com categoria e empatou a partida.

O susto ficou ainda maior quando outro pênalti para a Nigéria seria marcado. Entretanto, o árbitro, após consultar o VAR, acabou não assinalando a penalidade e dando prosseguimento ao jogo, para a alegria dos argentinos.

A festa ficou completa aos 41 minutos do segundo tempo, quando Mercado fez cruzamento da direita, e Rojo completou para as redes. O Moocaires se transformou em uma pequena La Bombonera, com uma festa gigantesca dos hermanos, e crentes na classificação. O alívio foi nítido quando o juiz encerrou a partida. Os gritos de: "Que venha a França" já eram possíveis de se ouvir.

Por fim, Gustavo Couceiro, que nasceu na Argentina, mas mora no Brasil mostrou confiança para a sequência dos comandados de Sampaoli no torneio: "Não importa quem venha. Pode vir França, Inglaterra, o Brasil. Hoje eles honraram a camisa. Essa é a Argentina, que joga com garra, com amor. Poucos sabem a situação em que está o país, e hoje, os jogadores representaram o espírito argentino", disse aos berros o torcedor.

Classificada para as oitavas de final do Mundial, a Argentina medirá forças contra a França, no próximo sábado às 11h00 (horário de Brasília), na Arena Kazan. O vencedor do confronto enfrentará Uruguai ou Portugal.

* Especial para a Gazeta Esportiva

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