PUBLICIDADE

Inspirado em Telê, Muricy admite se aposentar em breve

5 ago 2013 - 13h23
(atualizado às 16h12)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Muricy Ramalho visitou o <strong>Terra</strong> nesta segunda-feira</p>
Muricy Ramalho visitou o Terra nesta segunda-feira
Foto: Terra

A trajetória de Muricy Ramalho no futebol pode estar se encaminhando para a reta final. Em entrevista exclusiva ao Terra, o treinador citou o mentor Telê Santana como exemplo e acenou com a possibilidade de se aposentar em um futuro próximo, em decorrência do estresse que o futebol proporciona.

"Eu vi muito de perto o que ele passou, sei que muito é do estresse do futebol. Ele era dedicado demais, conversava com todo mundo no centro de treinamento, com o cara da grama para acertar o corte... isso custa muito, o preço é alto", contou Muricy, 57 anos, que iniciou a carreira de treinador após aprender como auxiliar de Telê no São Paulo na década de 1990. No início deste ano, ele chegou a ficar um período afastado do Santos por conta de um problema de saúde. 

Telê exerceu a carreira de treinador entre 1969 e 1996. Ele morreu em 21 de abril de 2006, após complicações decorrentes de uma infecção abdominal no intestino grosso. O ex-treinador era diabético - chegou inclusive a ter uma perna amputada -, o que dificultou o tratamento.

Muricy Ramalho conta o que aprendeu com Telê Santana:

"A gente viu no final o quanto custa (a carreira de treinador). Um cara que gostava de bater na bola todo dia e no final não pôde fazer nada. Por isso repenso em não prolongar a carreira", emendou.

Desempregado desde que deixou o comando do Santos, na primeira metade deste ano, Muricy é um dos técnicos mais vitoriosos da história recente do futebol nacional - conquistou, dentre outros títulos, quatro vezes o Campeonato Brasileiro e uma vez a Copa Libertadores da América. No entanto, ele não se esquece de lembrar que, muito do que sabe, aprendeu com Telê.

"Aprendi muita coisa com ele na minha vida, foi o cara que eu vi mais comandar no futebol. Tem a parte tática, técnica e o comando; se não tiver o comando não tem como o cara ter sucesso. O dirigente domina, os jogadores dominam... Por isso que eu me dei muito bem com ele. Para ser auxiliar tinha que entender muito o Telê", lembrou.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade