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Futebol feminino

Preparador físico alerta para o risco de lesões musculares na volta do futebol feminino

'É preciso aparar as arestas para deixar a máquina funcionando da melhor maneira possível', disse Rafael Winicki

27 ago 2020 - 13h10
(atualizado às 14h18)
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Como visto na volta do futebol masculino, os atletas estão sujeitos a inúmeras lesões. Essa mesma condição fará parte do restabelecimento do futebol feminino no Brasil, que teve seu pontapé inicial dado na quarta-feira. De acordo com o preparador físico Rafael Winicki, que trabalha com a meia-atacante Andressa Alves, da Roma, as atletas devem se atentar principalmente a lesões musculares.

"Acompanhamos a volta do futebol alemão, que foi um dos primeiros dos grandes centros a retornar, e teve um número alto de lesões musculares. Por mais que sejam feitos trabalhos de prevenção, nada se compara aos 90 minutos de um jogo em alta intensidade. A lesão muscular é a mais comum após uma paralisação como essa que tivemos, mas todos os profissionais estão atentos ao trabalho de prevenção", afirma Winicki.

Para que esse tipo de lesão não ocorra, o preparador explica que as atletas devem tomar cuidado com regiões já lesionadas. "É preciso aparar as arestas para deixar a máquina funcionando da melhor maneira possível e, assim, evoluir a performance e prevenir a lesão", disse.

O preparador conta que este tipo de prevenção foi estabelecida nos treinos de Andressa, que deve voltar aos gramados na primeira semana de setembro. "Aproveitamos que o campeonato ainda não havia começado. Ela tinha menos sobrecarga de treino e jogo, e por isso conseguimos fazer alguns ajustes. Trabalhamos muito a parte de mobilidade e executamos exercícios preventivos também. Assim, poderemos evitar que ela tenha lesão muscular ao longo da temporada", revelou.

Winicki, que também é preparador físico de Diego Ribas, Everton Ribeiro, Rodrigo Caio, todos do Flamengo, e outros atletas do masculino, explica que não existem divergências entre os treinos de mulheres e homens no futebol.

"São gêneros diferentes, mas a demanda, a exigência, é a mesma. Em ambos atletas precisam de força, resistência, potência, velocidade... por uma questão natural de gênero, o masculino suporta uma sobrecarga maior de treinamento, mas o tipo de treino é o mesmo. O homem tem uma tendência maior na questão de força, a mulher na flexibilidade, isso é natural. No treinamento para o futebol, o treinamento é o mesmo, variando apenas na carga de trabalho para cada perfil", conclui.

Estadão
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