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Futebol feminino

Formiga mostra indignação por aparecer em vídeo de defesa de Rogério Caboclo na CBF

Jogadora do São Paulo tem frase descontextualizada com elogios a Caboclo usada em material e reforça seu repúdio aos casos de assédio

25 ago 2021 - 17h51
(atualizado às 17h51)
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A política da CBF segue causando reflexos. Dessa vez, foi a histórica jogadora da seleção brasileira Formiga quem se manifestou sobre o tema. A experiente atleta se disse incomodada pela maneira como uma frase sua sobre Rogério Caboclo foi usada na defesa do cartola.

Na ocasião, questionada sobre os casos de assédio pelos quais o presidente afastado é acusado, Formiga demonstrou seu repúdio a quaisquer situações envolvendo assédio, mas pontuou que Rogério Caboclo teve papel fundamental para o futebol feminino nos últimos anos.

"Sou totalmente contra assédio, seja de quem for. Poderia ser meu irmão. Jamais iria aceitar. Mas é justo falar que ele foi um presidente que entrou e ajudou o futebol feminino. Se as coisas agora estão acontecendo foi com o aval dele, mas infelizmente aconteceu isso. Espero que o próximo presidente venha com o mesmo carinho que ele teve com o futebol feminino e não tire o que vem dando certo. O Caboclo foi o melhor presidente para o futebol feminino. Antes não tinha nem material. Mas infelizmente aconteceu isso", afirmou Formiga em entrevista à Veja.

Na peça de defesa de Rogério Caboclo, a jogadora é creditada equivocadamente como atacante e a frase "Caboclo foi o melhor presidente para o futebol feminino que já existiu" é utilizada. A meia do São Paulo revelou sua indignação com o uso de sua imagem com uma frase descontextualizada.

"Eu fico incomodada porque eu sempre falei e continuo batendo na tecla que sou contra qualquer tipo de abuso seja com mulher, criança isso não cai bem e principalmente a quem está acima de uma entidade. Sou contra e espero que revejam. Estão usando minha imagem indevidamente, não gosto disso e deixo claro", explicou em entrevista ao ge.

Na terça-feira, a Comissão de Ética da CBF pediu o afastamento de Rogério Caboclo por 15 meses por "conduta inapropriada". Ele é acusado por uma funcionária de assédio moral e sexual. A solicitação será avaliada por Assembleia formada pelos presidentes das 27 federações estaduais. Caso seja aceita a punição, Caboclo poderá voltar ao comando da entidade em setembro de 2022, antes, portanto, da celebração na Copa do Mundo de futebol masculino no Catar.

Estadão
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