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Futebol feminino

Arábia Saudita cria campeonato de futebol feminino no país

Dois anos após permitir a presença de mulheres em estádios, país terá liga com o objetivo de montar uma nova seleção local

27 fev 2020 - 12h46
(atualizado às 16h04)
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A Federação de Futebol da Arábia Saudita (SAFF) anunciou nesta semana que irá criar uma liga feminina no país. As partidas serão disputadas em três cidades: Riad, Jidá e Dammam. A medida foi sacramentada apenas dois anos depois de o país passar a permitir que mulheres frequentassem os estádios.

Conservadora e religiosa, a Arábia Saudita mantém uma política restrita às mulheres, com a obrigação de terem permissão de um homem da família para trabalhar, estudar, se casar e até passar por tratamentos médicos. Apesar disso, o país tem adotado medidas de abertura nos últimos anos, como permitir que mulheres dirijam ou assistam a jogos de futebol nos estádios.

"O lançamento da liga reforça a participação das mulheres no esporte e vai gerar um reconhecimento crescente das conquistas femininas no esporte", informou a federação em comunicado oficial. A criação da liga teve apoio do príncipe Mohammed Bin Salman, um dos maiores incentivadores do esporte local. A competição terá, primeiramente, uma etapa regional, com as equipes vencedoras reunidas posteriormente para decidir quem é o campeão nacional.

O campeonato será organizado pelo governo, que já destinou cerca de R$ 570 mil para premiações dos times. O objetivo dos idealizadores é fomentar a criação de uma seleção feminina local capaz de disputar as próximas edições da Copa do Mundo. Os jogos do novo campeonato devem começar já no mês de março.

Em outras modalidades esportivas, a Arábia Saudita propiciou aberturas para as mulheres há pouco tempo. A primeira representante do país a competir em uma Olimpíada foi a judoca Wodjan Shaherkani, que disputou as provas em Londres, em 2012. No automobilismo, a piloto Reema Juffali iniciou a carreira em 2019, um ano depois de as mulheres serem liberadas para tirar a carteira de motorista no país.

Estadão
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