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Federação de jogadores pede reunião urgente na Fifa por Guerrero

15 mai 2018 - 10h40
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A FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) emitiu um comunicado oficial nesta terça-feira exigindo uma reunião urgente com a Fifa para discutir a punição de 14 meses dada a Guerrero. Segunda a publicação, a entidade considera a punição injusta e desproporcional.

Ainda segundo a publicação, o fato de que tanto a Fifa quanto a Corte de Arbitragem do Esporte concordarem que Guerrero não ingeriu conscientemente a substância e de que não havia a intenção de uma melhora esportiva deveria representar numa punição tão prejudicial a carreira do atacante.

Além do caso do peruano, a FIFPro pede uma revisão imediata na regra de antidoping para o futebol para que "sirvam aos melhores interesses do jogo e protejam os direitos fundamentais dos jogadores". A Fifa ainda não se pronunciou sobre o pedido da entidade que representa os atletas.

Na última segunda-feira, o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) divulgou a decisão de aumentar a punição de Guerrero para 14 meses devido a ingestão de benzoilecgonina, um metabólico da coca e da cocaína. Dessa forma o atacante do Flamengo só retorna ao futebol em 2019 e está fora da Copa do Mundo.

Confira a nota da FIFPro:

A FIFPro está convocando uma reunião urgente com a FIFA depois que o jogador de futebol Paolo Guerrero foi suspenso por 14 meses por ingerir acidentalmente uma substância proibida, impedindo-o de representar o Peru na Copa do Mundo.

A FIFPro considera a proibição injusta e desproporcional, e o exemplo mais recente de um Código Mundial Antidoping, que muitas vezes leva a sanções inapropriadas, especialmente quando foi estabelecido que não havia intenção de trapacear.

Tanto a Fifa quanto a Corte de Arbitragem do Esporte concordaram que Guerrero não ingeriu conscientemente a substância e que não houve efeito de melhoria de desempenho. Por isso, desafia o senso comum de que ele deveria receber uma punição que é tão prejudicial para sua carreira.

O Código WADA foi imposto e atualizado sem a devida consulta aos jogadores de futebol e seus representantes.

À luz deste caso e de outras decisões recentes, a FIFPro pede à FIFA e a outras partes interessadas do futebol que revisem imediatamente como mudar as regras antidoping no futebol, para que sirvam aos melhores interesses do jogo e protejam os direitos fundamentais dos jogadores.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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