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Executivo brasileiro de transmissão de TV é condenado por corrupção na Fifa

Empresário José Lázaro Margulies é punido com a pena em liberdade condicional por dois anos

21 jan 2020 - 15h46
(atualizado às 17h04)
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Um juiz federal do Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, condenou o empresário brasileiro José Lázaro Margulies à uma pena de dois anos, mas em liberdade condicional. A sentença saiu nesta terça-feira. Ele atuou como intermediário em um esquema de troca de suborno pelos direitos de transmissão de partidas de futebol para canais de televisão sul-americanos.

De acordo com a juíza Pamela K. Chen, José Margulies, de 80 anos, participou de uma "conspiração maciça em todo o mundo" entre 1991 e 2015, em que teria recebido US$ 80 milhões (cerca de R$ 256 milhões) em propinas. "Este é um crime sério", disse a magistrada, ao afirmar que tal conduta fez parte do "escândalo da Fifa, que "destruiu a credibilidade do futebol profissional".

Brasileiro José Margulies, 75 anos, foi um dos acusados no caso de corrupção da Fifa
Brasileiro José Margulies, 75 anos, foi um dos acusados no caso de corrupção da Fifa
Foto: Reprodução / Estadão

No início das investigações, sempre que fora procurado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, José Margulies jamais assumira ter intermediado pagamentos ilegais quando trabalhava com a venda de direitos de transmissão para a empresa de marketing esportivo Traffic, do também empresário José Hawilla, morto em maio de 2018.

José Margulies trabalhou por mais de 20 anos ao lado de J.Hawilla, que se declarou culpado de diversas acusações envolvendo extorsão, lavagem de dinheiro, fraude e outros delitos.

Este ano, José Margulies foi para os Estados Unidos e aceitou colaborar com os investigadores. "Eu sabia que o que estava fazendo estava errado", disse o empresário, acrescentando que não havia ninguém para culpar além de si mesmo.

Além da condenação, José Margulies também foi proibido de trabalhar com esportes, televisão e marketing. Ele já pagou mais de US$ 9 milhões (R$ 37,8 milhões) ao governo dos Estados Unidos.

Estadão
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