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Ex-técnico de hóquei, Ariel Holan revela como levou Independiente ao título

14 dez 2017 - 01h03
(atualizado às 01h03)
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Ariel Holan tem 57 anos, mas só começou a trabalhar com futebol aos 43. Antes, seu talento para comandar era focado apenas no hóquei, onde chegou até a dirigir a seleção feminina do Uruguai. Na noite dessa quarta-feira, o argentino levou o clube de coração ao título da Copa Sul-Americana em cima do Flamengo, no Maracanã lotado. E depois do jogo, em meio a festa, tentou explicar como conseguiu tal proeza mesmo com tão pouco tempo no futebol perto de seus companheiros de profissão.

"Assim como aqui (no Brasil), o futebol está enraizado em todas as pessoas na Argentina. As crianças nascem e já ganham uma camisa e uma bola. Eu me preparei muito para isso. E sou sócio do Independiente, estou muito feliz", contou, ao Sportv, ainda no gramado. "É um estádio mítico do futebol mundial, uma equipe com enorme experiência (Flamengo). Confiei muito nos meus jogadores e deixei claro que podíamos ser campeões".

Ao falar sobre a forma de jogar do Independiente, com muito toque de bola e pouca preocupação em alçar bola na área, Ariel Holan revelou em quem se inspira para armar seu time, chegou a citar a Seleção Brasileira, e destacou a importância dos jogadores saberem jogar em mais uma formação tática.

"Creio no futebol moderno e nas grandes equipes e seleções do mundo. Gosto muito de como está jogando Alemanha, Espanha, Brasil, Manchester City, Napoli. É uma ferramenta muito importante poder mudar as linhas, as formas de se posicionar dentro do jogo. Isso dificulta muito para os adversários. É difícil para os jogadores (adversários) se adaptarem", explicou, negando que estivesse preocupado apenas com a perigosa bola aérea do Flamengo, que inclusive acabou gerando os dois gols dos cariocas nas finais.

"Sim, fiquei muito preocupado, porque o Flamengo não tem somente o jogo aéreo, tem jogadores com experiência internacional. Não somente me preocupava com jogo aéreo, e sim também com a parte coletiva. Eram muitas preocupações, mas sabíamos que o Independiente também tinha de atacar e tratar bem a bola", concluiu.

Barco, autor do gol de pênalti que garantiu o título ao Rei de Copas nessa quarta, também falou sobre a emoção de ser campeão antes de se apresentar ao Atlanta, equipe dos Estados Unidos que comprou seus direitos econômicos recentemente.

"Estou muito feliz. Não senti o peso da partida, mesmo com 18 anos. Merecíamos chegar onde chegamos. Agora me despeço com título e vou para os Estados Unidos. Agradeço à toda torcida e a quem me apoiou. A verdade é que nunca imaginei sair campeão do Independiente. Conseguimos", vibrou o jovem prodígio.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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