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Solidez defensiva vira trunfo para o Corinthians surpreender no Estadual

7 mai 2017 - 18h21
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O técnico Fábio Carille nunca teve vergonha de apontar o sistema defensivo como prioritário na remontagem do Corinthians que fracassou em 2016 - a exemplo do que fez o mentor Tite em sua primeira passagem pelo clube. A estratégia foi decisiva para o seu time surpreender os rivais e conquistar o Campeonato Paulista.

Com apenas nove gols sofridos nos seus 12 jogos da fase de grupos, o Corinthians esteve longe de encantar ofensivamente (marcou 14 no mesmo período, contra 25 do São Paulo, 23 do Palmeiras e outros 23 do Santos), porém deixou no ano passado a insegurança de sua defesa. A solidez do setor fez com que os até então contestados comandados de Carille não perdessem nem um clássico sequer no torneio.

O último confronto com um rival foi diante do São Paulo, nas semifinais do Estadual. Derrotado por 2 a 0 no Morumbi, o técnico Rogério Ceni chegou a desabafar contra o estilo de jogo dedicado do Corinthians, que não se expunha no ataque, diferente do que ele prega.

"Escuto e leio muito pouco para procurar seguir as minhas convicções", rebateu Fábio Carille, em uma das diversas vezes em que a sua proposta para o Corinthians foi questionada. "Sei que precisamos melhorar e trabalhamos para isso, mas muitas equipes se comportam assim. O Atlético de Madri, por exemplo, chegou a várias finais dessa forma. Todo técnico busca um equilíbrio, e eu também. Mas vamos evoluir no dia a dia", acrescentou.

Na defesa, a evolução do Corinthians teve relação também com a chegada do zagueiro Pablo. Emprestado por um ano pelo Bordeaux, da França, o jogador não demorou a conquistar os torcedores e a se entrosar com o paraguaio Balbuena, que passou a render mais.

"É difícil encaixar uma zaga tão rapidamente, mas já nos conhecemos bem. Isso faz com que a dupla fique bem encaixada. Também nos respeitamos, sabemos a hora de dar uma dura um no outro nos jogos. Conversar é essencial", comentou Pablo, recentemente.

Além de contar com a sintonia de sua dupla de zaga, o Corinthians tem o sistema defensivo respaldado pelo goleiro Cássio, que emagreceu e superou a concorrência de Walter, e pelo experiente lateral direito Fagner e pelo jovem esquerdo Guilherme Arana. Mais à frente, o ex-palmeirense Gabriel virou o responsável por dar proteção aos demais.

Quando qualquer um desses jogadores é questionado sobre a boa fase defensiva, contudo, o todo é valorizado. A resposta padrão de Carille e seus comandados é que o time inteiro está incumbido de marcar - o que os atacantes Romero e Jô fazem questão de justificar dentro de campo e os meias Jadson e Rodriguinho nem tanto.

Seja como for, foi a mesmo a defesa que deu sustentação para o Corinthians sacramentar a conquista neste domingo, diante da Ponte Preta, em Itaquera. Para o Campeonato Brasileiro, a expectativa de Carille é ter um time um pouco mais solto, mas que não abra mão da segurança alcançada no Estadual.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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