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"Perdido", Carille lembra infância corintiana e frustração de 1995

7 mai 2017 - 20h42
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Campeão paulista com apenas 38 jogos em seu currículo de treinador, Fábio Carille estava com a sua habitual dificuldade para sorrir após comemorar a conquista do título no gramado de Itaquera, neste domingo. A expressão sisuda escondia a emoção do antigo pupilo de Tite com o seu sucesso no clube do coração.

"Não dá para… Não sei onde estou. Fico meio perdido com tudo o que está acontecendo na minha vida, de quando jogava bola na rua até hoje. Tem horas em que paro e não consigo entender", comentou Carille, vestido com o uniforme comemorativo do título e ameaçando ficar com a voz embargada. Pouco antes, o Corinthians havia empatado por 1 a 1 com a Ponte Preta e sacramentado a conquista, pois vinha de vitória por 3 a 0 em Campinas.

Quando jogava bola na rua, Fábio Carille gostava de usar camisas do Corinthians. O garoto virou corintiano por influência do pai, que estava em Itaquera neste domingo. "A minha família é toda corintiana e está no vestiário. Eles me conhecem muito bem, sabem do meu perfil tranquilo. Sou bem diferente do meu pai, que é estourado e não leva desaforo para casa. Muita gente está torcendo por mim. Ainda preciso responder um monte de WhatsApp do pessoal da Vila Ema, onde morei até os 12 anos, e de Sertãozinho, para onde me mudei depois", contou.

Após iniciar a sua trajetória como zagueiro e lateral esquerdo em Sertãozinho, Carille teve a primeira chance de vingar no Corinthians em 1995. Ele foi contratado para reforçar o time que vinha de títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, mas não recebeu nem uma oportunidade sequer de entrar em campo. Em recente entrevista para a Gazeta Esportiva, o técnico Eduardo Amorim admitiu que não se lembrava de ter comandado o atual treinador corintiano naquele tempo.

"Já se passaram 22 anos. O Corinthians havia ganhado a Copa do Brasil em cima do Grêmio e o Paulista sobre o Palmeiras, em Ribeirão Preto. Em 1996, disputaria três campeonatos, incluindo a Libertadores, então precisava de um elenco grande. Eu me destaquei no XV de Jaú, e o Corinthians me trouxe para isso", rememorou Carille. "No final do ano, o Eduardo Amorim queria que eu continuasse, mas empresários do Paraná Clube compraram o meu passe. Foi uma coisa rentável para o Corinthians e também boa para mim", acrescentou.

O retorno ao Corinthians ocorreu em 2009, como integrante da comissão técnica de Mano Menezes. "Sou abençoado. Chegar ao Corinthians como cheguei… O Mano saiu para a Seleção Brasileira, e eu não sabia se o Corinthians me mandaria embora. Depois, o Adilson Batista ficou por um curto espaço de tempo e o Tite veio com uma comissão técnica montada. Fui me firmando", afirmou Fábio Carille, hoje mais firme do que nunca.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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