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Parcerias com empresas e revelações de jogadores marcam história do Paulista, de Jundiaí

Fundado em 1909 por funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o clube sempre foi um tradicional participante de Campeonatos Estaduais das duas principais de divisões

1 jun 2020 - 05h10
(atualizado às 05h10)
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O hoje Paulista de Futebol de clube já atendeu por outros nomes ao longo dos 111 anos de história. Seja como Lousano Paulista ou Etti Jundiaí, a equipe se notabilizou nas últimas décadas por conseguir surpreender times grandes, assim como por revelar jogadores que inclusive chegaram à integrar a seleção brasileira.

Fundado em 1909 por funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o clube sempre foi um tradicional participante de Campeonatos Estaduais das duas principais de divisões até firmar uma parceria na década de 1990 e se chamar Lousano Paulista. Sob esse nome, o time sai da Série A-3 e consegue projeção nacional nas categorias de base ao ser campeão da Copinha, em 1997, sob o comando do técnico Giba.

No ano seguinte foi a vez da parceria mudar de empresa e ser a Parmalat a operadora do clube. Em campo, o time passa a se chamar Etti Jundiaí. A operação durou até 2002, quando voltou ao nome original, mas conservou o legado de ter organizado uma forte categoria de base para a revelação de talentos. "Com a Parmalat o time se estruturou de mais e bons jogadores subiram ao time de cima e foram depois negociados", disse Vágner Mancini, ex-treinador e ex-jogador do time.

Mancini viveu os momentos mais gloriosos do Paulista ao ser campeão como jogador do Campeonato Brasileiro da Série C em 2001 e vencedor no papel de técnico da Copa do Brasil de 2005. "Do time que eu comandei, até 70% do elenco era formado dentro de casa. Isso foi um trunfo, porque os jogadores tinham identificação com o clube, conheciam a história e se sentiam bem na cidade", comentou.

O elenco que na Copa do Brasil de 2005 passou por Botafogo, Cruzeiro e Fluminense para ser campeão tinha o goleiro Victor e o zagueiro Réver, atualmente no Atlético-MG, mais o atacante Mossoró e o meia Cristian, ex-Corinthians. Parte daquele grupo foi ainda vice-campeão do Estadual em 2004 e disputou pela equipe a inédita Libertadores, em 2006.

O meia Cristian, atualmente no Juventus, relembra com saudade daquela época. "Naquela época o time era muito unido. A maioria dos jogadores morava debaixo da arquibancada, estavam subindo da base para o profissional. Todo mundo já se conhecia e se entendia muito bem. Quase todos foram criados ali", disse o jogador, que atualmente está com 36 anos.

Outro nome revelado pelo Paulista foi o atacante Nenê, atualmente no Fluminense. O jogador tem participado de algumas ações da equipe neste momento de crise. Além dele, quem passou pelo Paulista durante a época mais gloriosa do clube, garante sentir uma grande empatia pelo time e torcer para que a equipe consiga se recuperar.

"O Paulista desde a época do Etti Jundiaí sempre foi um clube formador de time grande. É triste ver um clube nesta situação. Eu participei de muitas coisas ali, peguei safras boas. O clube me deu as condições de ser um jogador profissional", comentou Cristian. "É um clube de tradição, mas que vive momento difícil. Quem toca o Paulista precisa ter competência e conhecer muito do futebol e dos bastidores", disse Mancini.

Estadão
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