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Mancini critica São Paulo e vê grupo com problema de autoestima

Treinador interino fala em desempenho "muito abaixo" da equipe: "Houve entrega, mas oscila muito"

17 fev 2019 - 23h07
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Não é só uma questão técnica ou tática. Na opinião de Vagner Mancini, coordenador de futubol do São Paulo que vem acumulando a função de treinador interino desde a demissão de André Jardine, na última quinta-feira, o maior problema atual é emocional. À frente do time pela primeira vez neste domingo, na derrota por 2 a 1 para o Corinthians, em Itaquera, ele até viu uma equipe brigar pela vitória, mas ainda oscilando demais durante o jogo.

"Difícil falar quando há o desequilíbrio mental. O atleta não rende o máximo se tiver problema mental e o São Paulo está com autoestima baixa em campo. Temos de atacar nesse fato. Oscilar dentro do jogo te leva a crer que não é parte física nem técnica, não há boa finalização ou bom passe depois de uma boa jogada. Enxergo o São Paulo muito abaixo do que pode render. Muito abaixo. E esse é um sentimento que nos deixa chateados, mas temos de reagir. Se não enxergarmos dessa forma, tudo fica mais difícil", disse Mancini.

O interino fez algumas alterações na escalação que vinha sendo utilizada. Começou a partida com Nenê e Helinho no banco para apostar em Hernanes como armador e Gonzalo Carneiro aberto na ponta direita. Gostou de algumas coisas, mas não escondeu que ainda falta muito para o São Paulo atingir o patamar desejado.

"Sair do vestiário, sentar lá em cima e analisar o jogo é mais fácil. A partir do momento em que tomamos decisões, mexemos com seres humanos e eles respondem de forma diferente. Temos de entender, mas achar soluções. Se eu tiver de mexer na equipe, vou mexer. Tenho de ver um São Paulo vibrante, que goste da bola. Isso aconteceu hoje em alguns momentos. Mas não quero o São Paulo que perdia a bola, com dificuldade de armação, com a bola saindo lenta de trás. Gosto de uma equipe leve, rápida, que alterne os lados do campo. Hoje não deu para sair satisfeito."

O São Paulo já anunciou a contratação de Cuca e vai apresentá-lo oficialmente nesta segunda, às 15h, no CT da Barra Funda. Porém, o novo treinador só poderá assumir o cargo quando tiver a liberação médica, já que passou por cirurgia cardíaca no fim do ano passado. "Enquanto o Cuca não assumir, não vai interferir no meu trabalho. Óbvio que a gente se fala, bate papo, mas há um momento de jogo ou treinamento e são suas idéias que têm de estar inseridas. Mas óbvio que há uma participação. O mais importante agora é achar soluções para aquilo que estamos vendo de errado. Dessa forma vamos andar para frente", disse Mancini.

Estadão
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