Federação do Rio e CBF em rota de colisão
Ao anunciar na semana passada algumas medidas para os próximos anos no futebol brasileiro, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, disse, entre outras coisas, que os Estaduais vão ter de ser disputados no máximo em 16 datas já a partir de 2020. Alguns, como o Carioca, o Paulista, que contam com 18 datas, seriam afetados. Por conta disso, o presidente da federação do Rio, Rubens Lopes, já antecipou que vai seguir apenas o que seus clubes filiados definirem.
Ou seja, ele afrontou a CBF e, dependendo do que for anunciado para o Carioca de 2020, a Ferj corre o risco de sofrer sanções.
“Ele (Rubens) vai ter de acatar a mudança. Não tem nada que consultar seus clubes. Deve apenas comunicá-los sobre a redução. Se quiser ‘peitar’, a CBF pode até suspender a federação carioca”, afirmou ao Terra um dos novos dirigentes da CBF, que tomou posse em 9 de abril e pediu que não fosse identificado na reportagem.
Para o Terra, a federação enviou um comunicado sobre as novidades estabelecidas pela CBF: “O calendário do Campeonato Carioca é feito pelos clubes do Rio de Janeiro. Só será alterado para 16 datas se este for o desejo dos filiados, manifestado no Conselho Arbitral.”
Com menos datas, os Estaduais perdem mais força ainda e atingem em cheio o prestígio das federações, que dependem dessas competições para sobreviver. A Paulista sinalizou que não deve criar obstáculos para pôr em prática o que determina a CBF. Tampouco a Gaúcha, cujo Estadual hoje tem 17 datas. Em Minas, os clubes que chegam à final jogam ao todo exatamente 16 vezes, que corresponde ao máximo pretendido pela CBF para o ano que vem.
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