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Concessionária do Maracanã se defende e diz receber só pelo aluguel

5 fev 2019 - 11h48
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Os custos para se mandar uma partida no Maracanã tem dado o que falar neste início de ano. Em três partidas, o Flamengo levou mais de 120 mil torcedores ao estádio e acumulou um prejuízo de R$ 183 mil, enquanto o Fluminense, na mesma quantidade de jogos, teve um público de pouco mais de 18 mil pagantes e déficit de R$ 846 mil.

Esses números têm causado a insatisfação dos torcedores dos dois clubes cariocas e resultaram em críticas referentes à administração do estádio. A concessionária do Maracanã, por sua vez, emitiu um comunicado em que se defende desses questionamentos.

Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, intitulada "entenda os custos operacionais dos jogos e da manutenção do Maracanã", a concessionária responsável argumentou que só recebe pelo aluguel do local e que essas quantias sequer pagam os custos do estádio anualmente. Além disso, ressaltou que a operação de se mandar uma partida é responsabilidade apenas dos clubes.

Entenda os custos operacionais dos jogos e da manutenção do Maracanã

- É preciso diferenciar o que é o custo de uma partida e o que é despendido para a manutenção do estádio estar sempre seguro, atualizado e confortável para os torcedores do primeiro ao último jogo da temporada.

- A operação e o custo das partidas, desde 2017, está sob a responsabilidade dos clubes, que negociam diretamente com os fornecedores. A operação dá conta de despesas que existem em todo e qualquer estádio do mundo, como água, energia, seguranças, orientadores e funcionários de limpeza, por exemplo.

- É importante ressaltar que parte significativa desses custos dizem respeito à segurança dos torcedores. No último jogo, entre Flamengo e Cabofriense, no dia 3/02/19, foram mais de 475 seguranças privados que, somados aos policiais do BEPE, formaram um efetivo de 695 pessoas.

- As contas públicas (água, energia e gás) são medidas somente para o período da partida. Ou seja, os clubes só pagam o que é consumido durante o jogo.

- Os clubes também são os responsáveis pela bilheteria e pela definição dos preços dos ingressos, que via de regra está atrelada aos respectivos programas sócio torcedor ou similares.

- As receitas provenientes destes programas de sócios torcedor ou similares não aparecem no borderô das partidas.

- As receitas times de futebol mandantes durante os jogos no estádio não se resumem apenas à bilheteria da partida.

- Pelos contratos estabelecidos entre o Maracanã e o clubes, estes recebem percentuais das receitas de alimentos e bebidas, bem como valores oriundos da venda de camarotes.

- Reiteramos que a única remuneração da concessionária que administra o Maracanã é de R$ 120 mil por partida e R$ 150 mil nos clássicos. Esses valores foram solicitados pelos clubes numa reunião realizada em 14 de janeiro na FERJ.

- É com este recurso que a empresa mantém o estádio sempre atualizado e com a manutenção em dia. Está no contrato de concessão, por exemplo, a correta amortização e depreciação dos equipamentos e espaços. Em linhas gerais significa que a concessionária deve trocar equipamentos que se depreciam o quebram ao longo do tempo, como lona da cobertura, telões, subestações de energia, sistema de segurança, ar condicionado, elevadores, catracas, cadeiras e outras dezenas de itens.

- As receitas obtidas pela concessionária por meio do aluguel do Maracanã nos jogos não cobrem todas as despesas necessárias para manter o estádio anualmente. É por esse motivo que o Maracanã viabiliza receitas por meio do conteúdo futebol, das dezenas propriedades do estádio e também através do desenvolvimento do entorno do estádio.

- A simples leitura do borderô das partidas, portanto, mostra apenas parte dos recursos que são movimentados durante um jogo de futebol.

Tomando como exemplo o borderô o jogo Flamengo x Cabofriense, sexta partida realizada no estádio em 2019

- A única receita obtida pela concessionária foi o aluguel de 120 mil.

Receitas descritas nas linhas 17 (conta de consumo) são pagas às empresas de água, energia e gás por meio do rateio das contas referentes somente ao período da partida.

- A linha 18 (custo operacional) é referente a valores que o clube paga diretamente a fornecedores como segurança, limpeza, orientadores, etc. Esse efetivo é dimensionado pelo próprio time, bem como a negociação com cada empresa.

- A linha 15 (custo de infraestrutura) trata de equipamentos, como separadores de fila, que o clube aluga para realizar a partida.

- Em resumo, os únicos valores pagos diretamente ao Maracanã são o aluguel os das linhas 16 (aluguel do estádio - R$ 120 mil) e 17 (contas de consumo - R$ 150 mil de provisão, mas cerca de R$ 95 de valor real depois da medição) de gás, energia e água, que os clubes pagam somente pelo valor consumido durante as partidas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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