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Diretor diz que Corinthians pagou premiações de 2017 com dinheiro da Copa do Brasil

Matias Romano Ávila espera zera déficit financeiro do clube até fevereiro de 2019

20 nov 2018 - 14h23
(atualizado às 14h53)
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O diretor financeiro do Corinthians, Matias Romano Ávila, explicou nesta terça-feira a situação financeira do clube. O dirigente informou que os R$ 20 milhões recebidos pelo vice da Copa do Brasil foram utilizados para pagar as premiações pelos títulos do Brasileiro e do Paulista do ano passado.

"Com o dinheiro, pagamos despesas recorrentes para reduzir o nosso déficit. Pagamos as premiações do ano passado do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Paulista. Estamos liquidando nossas despesas para zerar o déficit", comunicou Ávila, no programa Papo Reto, com o presidente Andrés Sanchez, na TV Corinthians.

O dinheiro da competição foi alvo de polêmica recentemente. O Instituto Santanense, que briga na Justiça pelo pagamento de uma quebra de contrato, tentou penhorar o prêmio da Copa o Brasil, mas não conseguiu. Na sequência, a instituição solicitou a penhora da taça do Mundial de Clubes de 2012 e ampliou a confusão nos bastidores do clube.

No mais recente balanço anual divulgado nesta terça-feira, que contabiliza as movimentações financeiras até setembro, o clube informou que tem déficit de R$ 26,2 milhões, R$ 5,1 milhões a mais do que o registrado até agosto. No total, a dívida corintiana é de R$ 504,7 milhões.

A expectativa de Ávila é zerar esse saldo anual negativo até no máximo fevereiro de 2019. "Até setembro de 2017 o déficit era de R$ 38 milhões. Até setembro de 2018, esse déficit passou para R$ 26 milhões. Conseguimos a redução com renegociações de contratos para ter custo financeiro menor. As despesas administrativas também estão sendo reduzidas. Estávamos prevendo ter déficit de até 100 milhões. Devemos ter R$ 20 milhões até o final do ano. Em janeiro e, no máximo até fevereiro, teremos o número próximo de zero", revelou.

A redução de custos afetou diretamente o desempenho da equipe em campo. O clube negociou atletas importantes da última temporada para agora. Negociou o centroavante Jô, o meia Rodriguinho, o volante Maycon, os laterais-esquerdos Guilherme Arana e Sidcley, o volante Maycon, o zagueiro Balbuena, além do técnico Fabio Carille.

As peças de reposição não vieram à altura e o time despencou de produção. Da conquista do Brasileiro em 2017, o Corinthians agora passou apuros para se livrar do rebaixamento na atual temporada - hoje ocupa a 12ª colocação na tabela, com 43 pontos, a seis pontos da degola.

Andrés voltou a repetir seu mantra dos últimos meses: avisou que os reforços irão chegar, mas avisou que não vai trazer jogadores para ganhar R$ 700 mil, R$ 800 mil, R$ 1 milhão. "Nós vamos contratar jogador na média salarial que o Brasil aceita", disse. "O futebol brasileiro está inflacionado. Temos que tomar cuidado nas contratações. Estamos montando um time jovem, virão reforços, seremos muito competitivos", finalizou o mandatário.

Estadão
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