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Copa do Mundo

Criativa Croácia decide vaga contra defesa consistente da Dinamarca

Croatas apostas em jogadores como Modric e Rakitic; dinamarqueses bastante no goleiro Schmeichel

1 jul 2018 - 05h03
(atualizado às 05h03)
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É uma Croácia diferente daquela que surpreendeu o mundo em 1998. É uma Dinamarca diferente daquela que ganhou o apelido de 'Dinamáquina' em 1986. É uma Croácia organizada e criativa em seu meio de campo. E uma Dinamarca com lampejos de talento e mais consistente na defesa. Ainda assim, a promessa é de um grande jogo neste domingo, às 15 horas (de Brasília), no Nijni Novgorod Stadium, pelas oitavas de fina da Copa do Mundo.

Se as duas antigas seleções se enfrentassem, certamente seria um jogo de muitos gols. De um lado estariam os croatas Prosinecki, Boban e Suker, que há 20 anos atropelaram Jamaica, Japão, Romênia e Alemanha, até pararem na anfitriã França - o trio também bateu a Holanda na disputa pelo terceiro lugar.

Do outro, Morten Olsen, Laudrup e Elkjaer, que há 32 anos encantavam o planeta com o método de jogo inovador e não tomaria conhecimento de Alemanha Ocidental, Uruguai e Escócia, até encerrarem a jornada diante da Espanha nas oitavas de final, em sonoro 5 a 1, o que não impediu a alcunha que não sairia mais da boca de todo admirador de futebol.

Hoje, a Croácia tem Rakitic, Modric e Mandzukic. O toque de bola no meio-campo é mais refinado. O jogo é melhor pensado. Cadência na hora certa. Velocidade para furar o bloqueio adversário. Tudo sob a batuta do técnico Zlato Dalic, que evita comparações com times do passado. "Outro momento, outros jogadores", costuma responder.

Mas o fato é que a Croácia tem feito boas apresentações. Ganhou os três jogos da primeira fase com propriedade. Nigéria (2 a 0), Argentina (3 a 0) e Islândia (2 a 1) não foram páreos páreos. Entre as 32 seleções desta Copa, apenas os croatas, os uruguaios e os belgas conseguiram esse feito. O futebol diferenciado foi elogiado até pelo técnico da Dinamarca, adversário deste domingo. "A Croácia pode ter jogado o melhor futebol de todos os times", disse Age Hareide.

Já a Dinamarca aposta em sua defesa para parar os habilidosos e criativos jogadores rivais. Sofreram apenas um gol nas três partidas da primeira fase, contra Peru (vitória por 1 a 0), Austrália (1 a 1) e França (0 a 0). Um futebol burocrático, que tem nos sistema defensivo tem como destaque o goleiro Schmeichel.

Na frente, a válvula de escape é o meia-atacante Eriksen, que praticamente tem jogado sozinho. O jogador do Tottenham tem chamado a responsabilidade. Puxa os contra-ataques rápidos. Mas pode ser presa fácil par os croatas.

Apesar das qualidades discrepantes, a Croácia evita se colocar como favorita. "Vai ser um jogo disputado de forma muito firme, taticamente falando. Nosso objetivo é claro: as quartas de final", salientou o técnico Dalic.

O que se desenha é um jogo de ataque contra defesa. Para vencer, a Croácia vai ter de surpreender como aquele seleção de 1998. E a Dinamarca vai ter de encantar como o esquadrão de 1986.

Estadão
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