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Corinthians reúne no seu elenco a dupla Cazares e Otero que deu o que falar no Atlético-MG

Parceria dos dois jogadores também gerou polêmica quando eles furaram a quarentena para participar de uma pelada em Belo Horizonte

23 set 2020 - 10h10
(atualizado às 12h03)
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O Corinthians está perto de anunciar a contratação de Cazares, que foi liberado pelo Atlético-MG e faz exames no Parque São Jorge. O anúncio oficial é questão de protocolo. A chegada do meia equatoriano marcará a reedição da dupla com Otero, que também deixou o time mineiro para acertar com o Corinthians no mês passado. Otero é hoje um dos principais jogadores do time paulista, que enfrenta nesta quarta o Sport pelo Brasileirão.

Pelo Atlético-MG, Otero e Cazares atuaram juntos desde o segundo semestre de 2016. Neste período, Otero ficou uma temporada fora, entre 2018 e 2019, quando esteve emprestado ao Al Wehda, da Arábia Saudita. Juntos pelo Atlético-MG, os dois estrangeiros foram campeões mineiro em 2018 e ficaram com o vice da Copa do Brasil de 2016 e ainda da Primeira Liga de 2017 e do Estadual do mesmo ano. Em campo, são capazes de mudar o resultado de uma partida.

A parceria entre Otero e Cazares também foi vista fora dos gramados. De forma polêmica, inclusive. Em maio, em meio à quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus, eles foram filmados jogando uma pelada em Belo Horizonte com amigos amadores. Um dos parcipantes estava fazendo uma transmissão ao vivo pelo Instagram e as imagens viralizaram na internet. Foram punidos no clube.

Ao ser questionado sobre a possível chegada de Cazares, Otero fez elogios ao meia equatoriano e relembrou o episódio polêmico durante a quarentena. O venezuelano não quis cravar a chegada do companheiro no Corinthians e disse que eles não conversaram sobre o assunto ainda. "Tenho uma relação muito boa com o Cazares. A gente furou a quarentena porque não estava aguentando ficar em casa. A gente não está conversando muito sobre se ele vai ou não vir para o Corinthians", disse Otero. "Se ele vier, com certeza vai ajudar demais. Joga muita bola."

Otero chegou ao Corinthians há um mês e já sabe quais conselhos vai dar a Cazares. "Falaria as mesmas coisas que falaram para mim: é um time grande, com muita pressão. Independentemente de jogar bem ou mal, a vontade não pode faltar dentro de campo. Tem de lutar a cada jogo até o fim, ajudar os companheiros. Isso eu tenho certeza de que ele vai ter na cabeça e colocar em prática. É um grande jogador com a bola. Tem de lutar até o fim porque o Corinthians é desse jeito", afirmou o venezuelano.

Otero está certo. Seu companheiro Luan sofre por não demonstrar essa dedicação nas partidas. Sob o comando de Tiago Nunes, o meia que veio do Grêmio e se disse corintiano desde criancinha não entendeu a doação que o torcedor quer ver dos jogadores nas partidas. Luan sempre saiu dos jogos no segundo tempo, antes de se machucar. O interino Coelho ainda não teve chance de usá-lo. Otero, Cazares e Luan, no papel, são jogadores capazes de mudar a cara desse Corinthians.

Com a chegada de Cazares, o Corinthians vai passar a ter seis estrangeiros no elenco. Fazem parte atualmente do grupo o uruguaio Bruno Méndez, o colombiano Cantillo, o chileno Araos, o argentino Boselli, além do venezuelano Otero. Os únicos titulares são Cantillo e Otero. Passando pelos exames, Cazares será apresentado e terá seu nome inscrito no BID da CBF para poder jogar.

FORA DE CAMPO

Há muitas desconfianças no que essa dupla Cazares/Otero pode aprontar nos dias de folga. Cazares foi multado pela prefeitura da cidade onde morava em Minas Gerais por ter feito festas durante a pandemia. Ele chega com essa pecha de ser baladeiro, de se envolver em confusão. O presidente Andrés Sanchez não teme problemas dessa natureza com o jogador. Cazares também se junta a um elenco que está sendo pressionado. O time venceu algumas partidas, mas ainda não se firmou como um time candidato ao título nacional.

A diretoria do Atletico-MG chegou a trazer a mãe do jogador para 'acalmá-lo' em Belo Horizonte. Cazares se relacionava bem com os jogadores do elenco, mas sua situação com a diretoria mineira ficou insustentável. E não contava com o apoio de Sampaoli.

Estadão
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