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Copa do Mundo

Tabárez vê justiça em eliminação e despista sobre saída do Uruguai

6 jul 2018 - 14h40
(atualizado às 14h40)
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O técnico do Uruguai, Óscar Tabárez, reconheceu a superioridade da seleção francesa na derrota por 2 a 0, sofrida nesta sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Aos 71 anos, portador de uma rara doença que afeta seus nervos e músculos, o treinador ainda despistou sobre o seu futuro na Celeste.

"Faltou a nós o que falta a qualquer equipe quando perde: jogar melhor. Nesta derrota, fizemos um jogo parelho nos primeiros 20 minutos. Depois (os franceses) se colocaram em vantagem e são detalhes que pesam muito neste tipo de partida. Não reagimos com as mudanças, embora tenham se esforçado e deixado tudo em campo. Não há dúvidas: a França controlou bem a situação do jogo. Reconheço que jogou melhor", avaliou.

Técnico da seleção desde 2006, Tábarez é visto como o responsável pelo ressurgimento do futebol uruguaio. Com ele no comando, o time celeste chegou às semifinais do Mundial de 2010, na África do Sul, e foi campeão da Copa América de 2011 na casa de sua arquirrival, a Argentina.

"Estamos vendo coisas positivas já há algum tempo. De vez em quando conseguimos conquistar algo. Após o Mundial virão mais partidas e a Copa América. Estes encontros de vida ou morte são definidos por detalhes. Quando erros são cometidos há que se buscar soluções coletivas, mas hoje não conseguimos. O rival fez as coisas melhor", reconheceu.

Questionado, então, se daria continuidade ao seu trabalho, Tabárez tergiversou: "Hoje se encerra meu contrato. Não vou falar do assunto porque não cabe a mim. Os treinadores nunca decidem se ficam ou se vão embora. Aconteceu o mesmo logo após o Mundial do Brasil".

Com o revés, o bicampeão Uruguai viu o sonho de voltar uma final de Copa após 68 anos acabar. A equipe deixa a edição russa do torneio com quatro vitórias e uma derrota. O saldo é positivo, segundo Tabárez, que voltou a falar sobre o futuro da Celeste.

"A torcida tem sonhos em um país de futebol. Que cresçam novos sonhos sempre. Não se termina nada. Por sorte há continuidade a cada quatro anos. Temos que olhar e ver onde estivemos e do que participamos. Parece que os quatro jogos que ganhamos nos servem. Hoje, o rival nos superou, há que reconhecer e felicitá-lo. É um orgulho para mim dirigir a seleção", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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