PUBLICIDADE

Paris Saint-Germain

Retrospectiva 2018: Neymar fica longe de alcançar principais objetivos

Atacante conseguiu bons números, mas termina ano sem grandes títulos individuais e coletivos

29 dez 2018 - 04h41
(atualizado às 04h41)
Compartilhar
Exibir comentários

Expectativas altas que não deram certo. Assim pode ser resumido o ano de Neymar, o principal jogador de futebol brasileiro na atualidade. Depois de ir para o PSG esperando vencer a Liga dos Campeões, além de buscar o hexa para a seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia, o brasileiro desejava se colocar de vez como desafiante de Messi e Cristiano Ronaldo para o posto de melhor do mundo, mas termina o ano sem alcançar nenhum destes objetivos. O Estado destacou os 10 momentos mais marcantes do astro brasileiro na temporada.

Lesão antes da Copa

Em 25 de fevereiro, Neymar deixou o campo durante a vitória do PSG sobre o Olympique de Marselha. Ao cair no chão após pular para alcançar a bola, o atacante sofreu uma fissura no quinto metatarso do pé direito, o que o deixou de molho por três meses e o fez perder o restante da temporada pelo time francês, retornando apenas na preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo.

Eliminação do PSG na Liga dos Campeões

A lesão ocorreu entre a ida e a volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, na qual o PSG acabou sendo sorteado para enfrentar o Real Madrid. Era a chance perfeita para Neymar mostrar que poderia bater de frente com Cristiano Ronaldo, mas não foi o que aconteceu. O brasileiro ficou apagado no jogo de ida no Santiago Bernabéu, enquanto o português fez dois gols na vitória do time espanhol por 3 a 1 (Marcelo fez o outro, e Rabiot descontou). Na volta, já sem o seu principal nome, a equipe parisiense não teve forças para reagir e perdeu de novo, dessa vez por 2 a 1.

Decepção na Copa do Mundo

Restou a Copa para Neymar se destacar. Na estreia, empate contra a Suíça, atuação apagada. No jogo seguinte, vitória contra a Costa Rica, gol no finalzinho e choro após o apito final. Ele voltou a ficar sob os holofotes. Contra a Sérvia, sem gol e outra vitória da seleção. Nas oitavas, contra o México, Neymar teve boa atuação, fez o primeiro gol e criou a jogada do segundo.

Vieram as quartas contra a Bélgica, e o Brasil ficou em desvantagem de 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o time demorou a reagir, mas conseguiu um gol aos 30 minutos com Renato Augusto. Neymar chegou perto de marcar o segundo e se tornar herói, mas Courtois foi buscar um chute no ângulo. Brasil eliminado e as chances do camisa 10 ser eleito melhor do mundo caíram drasticamente.

Meme mundial

Se dentro de campo a atuação foi mais ou menos, fora dele o brasileiro se destacou para o mundo inteiro. De forma negativa. As simulações exageradas contra a Sérvia e contra o México se tornaram piada e abalaram a imagem de Neymar. Foi criado o "Neymar challenge", com pessoas se jogando ao chão para brincar com as quedas.

Ausência nas principais premiações

Ainda em julho, Neymar ficou fora da lista de dez jogadores indicados ao prêmio de Melhor do Mundo da FIFA. Foi a primeira vez desde 2011 que ele não apareceu nesta relação - em 2015 e 2017, havia até ficado entre os três finalistas. Também não entrou na seleção do ano. Na Bola de Ouro, premiação da prestigiosa revista France Football, Neymar foi apenas o 12º mais votado.

Nova temporada para dar a volta por cima

De volta ao PSG, Neymar tinha o desafio de reconstruir a própria imagem, enquanto ao seu lado o garoto Kylian Mbappé, francês, voltava como um dos destaques da seleção campeã do mundo. Boatos começaram a aparecer na imprensa espanhola de que Neymar estaria insatisfeito em Paris e poderia voltar ao futebol espanhol, fosse para atuar no Real Madrid ou retornando ao Barcelona.

Em campo, Neymar dá a resposta

O Paris tinha um novo técnico, o alemão Thomas Tuchel, que passou a utilizar Neymar mais recuado em campo, como armador. O brasileiro correspondeu nessa função e aumentou o número de assistências concedidas a Mbappé e Cavani. Com isso, a equipe disparou na liderança no Campeonato Francês e se classificou em primeiro no grupo da morte da Liga dos Campeões, que também tinha Liverpool e Napoli.

Reconstruindo o respeito

Para recuperar a imagem pública, abalada após a Copa, Neymar apostou em eventos como o leilão beneficente promovido pelo seu Instituto, que ajuda crianças carentes na Praia Grande (SP). Também tomou algumas atitudes bonitas, como dar camisa a um jovem fã que invadiu o gramado após o final de um jogo. Ao marcar um gol contra o Nimes, comemorou fingindo que chorava perto de uma faixa da torcida adversária que o chamava, justamente, de chorão.

Término com Bruna Marquezine

Fora de campo, Neymar e Bruna Marquezine terminaram o relacionamento mais midiático do Brasil em outubro. Diversas versões para o que teria causado o fim foram ventiladas na imprensa, da qual a dificuldade em manter o namoro a distância foi a mais repetida. Marquezine negou que alguma questão relativa à política e às eleições brasileiras tenham influenciado no rompimento.

Recorde na Liga dos Campeões

Com os gols marcados na fase de grupos da Liga dos Campeões, Neymar superou Rivaldo e se isolou como maior artilheiro brasileiro na história do torneio, com 32 tentos anotados. Também superou Romário na história da artilharia da seleção brasileira (tem 60 gols, enquanto o Baixinho fez 55) e se aproxima das marcas de Ronaldo (62) e Pelé (77).

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade