Jogo com Inter era um ultimato a Mano Menezes
A diretoria do Cruzeiro já havia decidido internamente que o jogo com o Internacional, na noite de quarta, pela Copa do Brasil, seria um ultimato para o técnico Mano Menezes. O time teria de vencer para chegar a Porto Alegre daqui a um mês em boas condições de assegurar a vaga à final da competição. Até mesmo o empate no Mineirão não serviria.
A derrota por 1 a 0, então, só acelerou o que foi comunicado ao técnico no vestiário do estádio: ele estava fora do comando da equipe. Mano Menezes, assim que a partida acabou, diante da manifestação da torcida, como alvo principal de vaias e ofensas em coro, já sabia que seu ciclo de três anos no Cruzeiro havia chegado ao fim.
Segundo o Terra apurou, alguns dirigentes do clube já estavam dispostos a aceitar o pedido de demissão feito por Mano, ainda no domingo, após o revés contra o rival Atlético-MG no Independência – o time perdeu por 2 a 0 e acabou a rodada do Brasileiro em 18º lugar. Mas, ali, prevaleceu a opinião de que uma mudança na comissão técnica poderia afetar o emocional da equipe para o primeiro confronto com o Internacional pela semifinal da Copa do Brasil.
As ponderações de cautela ganharam o embate com os que já defendiam a saída de Mano no domingo mesmo. O que ficou decidido, em reunião entre a cúpula cruzeirense, naquela noite, era que o técnico teria uma última chance: se conseguisse levar o time a vencer o Internacional no Mineirão, poderia seguir adiante. Com a derrota em casa, não houve como sustentar a permanência do treinador.
Na avaliação do presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, com quase 30 dias pela frente, para o jogo com o Inter no Beira-Rio, há tempo hábil de o novo técnico dar a volta por cima e levar o time à final da Copa do Brasil.
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