PUBLICIDADE

Copa das Confederações

Policiais civis de Minas Gerais advertem turistas sobre riscos

22 jun 2013 - 00h13
(atualizado às 08h10)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Manifestações pelo Brasil preocupam autoridades policiais</p>
Manifestações pelo Brasil preocupam autoridades policiais
Foto: Íkara Rodrigues / Especial para Terra

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais advertiu na sexta-feira que os turistas que visitam a região por ocasião da Copa das Confederações correm risco, caso resolvam sair de Belo Horizonte para visitar outros municípios do interior.

Confira todos os vídeos da Copa das Confederações

"Vários efetivos do interior do estado foram transferidos para Belo Horizonte e as cidades ficaram desprotegidas. Dos 853 municípios, vários estão sem um único policial porque todo o efetivo está aqui em Belo Horizonte", disse o presidente do sindicato Denílson Martins.

A praça Sete, o principal ponto de encontro das manifestações nos últimos dias, amanheceu com uma série de cartazes feitos pelos agentes policiais, inclusive com mensagens em outras línguas, que "alertam" os turistas.

Muitos dos estrangeiros que estão em Belo Horizonte durante estes dias, a maioria mexicanos e japoneses, têm excursões programadas para outros pontos de Minas Gerais, como o parque artístico e ecológico de Inhotim em Brumadinho, e as cidades coloniais de Ouro Preto, Diamantina e Tiradentes.

Japão e México, já eliminados, disputam amanhã no Mineirão sua última partida pelo Grupo A do torneio.

O policial disse que não houve concursos públicos nos últimos anos para aumentar o contingente de agentes e fazer a segurança dos grandes eventos esportivos.

"Cuidado, o turista não tem certeza, pode estar momentaneamente seguro aqui em Belo Horizonte, mas se for para uma cidade do interior poderá sofrer com assaltos, roubos e homicídios", disse Martins. O agente acrescentou que o efetivo da instituição em Minas Gerais é o mesmo da década de 1980.

"Nosso estado é hospitaleiro, mas o governo não nos dá condições de garantir a segurança dos turistas e dos cidadãos de nosso estado, porque o governo não investe seus recursos em serviços estratégicos essenciais", afirmou.

Dilma apoia manifestações, mas condena atos de vandalismo:

A chegada da Força Nacional de Segurança às seis cidades-sede da Copa das Confederações, "demonstra que o governo percebeu que existem riscos", agravados pelas manifestações e pelos atos de vandalismo, acrescentou Martins.

A Polícia Civil de Minas Gerais, segundo o representante sindical, está em uma situação "frágil". Martins lembrou que a instituição está em greve desde o dia 24 de maio e no meio de uma "negociação incipiente e superficial".

A Constituição obriga à instituição policial a atender pelo menos 30% dos casos "prioritários" durante uma greve.

Na terça-feira, os membros da Polícia Civil de Minas Gerais vão realizar uma assembleia para analisar o projeto de mudança da Lei de 1969, que estabelece a regulamentação da Polícia Civil nesse estado, e na mesma será apresentado um abaixo assinado com mais de 200 mil assinaturas de apoio dos manifestantes ao sindicato.

Nesta quinta-feira, os protestos que começaram em São Paulo por conta do aumento das tarifas do transporte público, se estenderam para aproximadamente 100 cidades por todo o país com a participação de mais de um milhão de pessoas.

A Fifa negou hoje a possibilidade de suspender a Copa das Confederações devido aos protestos populares e afirmou que nenhuma seleção pediu para abandonar a competição.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade