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Copa das Confederações

Para Felipão, grupo forte é "ótimo" para o Brasil

1 dez 2012 - 15h31
(atualizado às 15h40)
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O técnico Luiz Felipe Scolari considerou positivo para a seleção brasileira o desafio de enfrentar equipes fortes na primeira fase da Copa das Confederações, como forma de preparação para o Mundial de 2014.

De acordo com sorteio feito em São Paulo neste sábado, o Brasil enfrentará no torneio de 2013 Japão, México e Itália, pelo Grupo A.

"É importante e ótimo que na nossa chave tenha Itália, Japão e México porque são confrontos que nos darão a chance muito maior de observação do que se não tivéssemos enfrentando grandes adversários. O foco do jogador brasileiro muitas vezes é maior quando enfrenta mais dificuldades,", disse Felipão em entrevista coletiva.

"A expectativa de todos nós brasileiros é que a gente tenha uma equipe competitiva, pronta, com qualidade, e que possa fazer da Copa das Confederações não só um laboratório, mas uma observação final daquele grupo que poderá estar no Mundial."

O treinador, apresentado na última quinta-feira para o lugar de Mano Menezes, acredita que uma eventual eliminação precoce na Copa das Confederações não afetará o trabalho rumo à Copa desde que o time mostre uma boa atuação.

Ele lembrou também que o título não é motivo de comemoração total. O Brasil é o atual bicampeão da Copa das Confederações, com os troféus conquistados em 2005 e 2009, mas nos anos seguintes, no Mundial, falhou.

"Não acho que uma derrota vá fazer com que a gente chegue ao Mundial totalmente descreditado se mostrarmos condições, qualidade, se jogarmos bem", afirmou.

Felipão preferiu não comentar sobre as seleções adversárias nem seus jogadores, porque ainda não teve tempo de analisar as equipes. O treinador estava sem clube desde setembro, quando deixou o Palmeiras após dois anos no cargo.

Mas ele disse que o Brasil terá uma atenção especial quando enfrentar o México, já que tem perdido para este adversário recentemente, incluindo a derrota na final dos Jogos Olímpicos de Londres, este ano.

"É mais uma possibilidade de jogar contra o México e ver onde estamos errando. Vamos nos preparar melhor do que para qualquer outra equipe", afirmou.

Já o técnico mexicano, José Manuel de la Torre, disse que as vitórias sobre o Brasil fazem parte do passado. "Acredito que isso já é passado. Se o México conseguiu vitórias, é porque teve qualidade. A equipe brasileira será nova e temos que descobrir uma maneira de ganhar de novo".

SEM FAVORITOS

O coordenador-técnico Carlos Alberto Parreira, por outro lado, comentou as características dos adversários do Brasil. "Temos quatro seleções campeãs do mundo (na competição), um grupo muito equilibrado, que é o do Brasil, o que não nos permite nenhuma margem de erro na disputa", disse.

"O Japão tem uma equipe que marca forte e joga com muita velocidade. O México tem mostrado muita qualidade técnica, aliada à criatividade. E a Itália tem de ser sempre respeitada, por sua tradição de campeã do mundo, e fazendo agora uma renovação na sua equipe."

O Brasil estreia na Copa das Confederações contra o Japão, no dia 15 de junho em Brasília, e depois enfrenta o México, no dia 19 em Fortaleza, e a Itália, no dia 22 em Salvador.

Felipão disse não haver favoritos para classificação para a semifinal --os dois primeiros avançam-- nem para o título da competição.

"Nem o Brasil nem a Espanha são totais favoritos. Não temos nenhum favorito para ganhar a Copa das Confederações. No nosso grupo, os dois que não passarem têm as mesmas condições que aqueles que passarem", disse o técnico.

Felipão reafirmou que nenhum jogador está descartado para suas convocações e que pretende retomar a confiança do torcedor brasileiro na seleção após um período de certa descrença no time nacional.

"Resgate popular é uma situação que nós vamos trabalhar junto com nossa comissão de uma forma que a gente possa fazer com que a população esteja mais envolvida, acreditando mais", disse.

"Alguma coisa a gente vai estudar para que a gente possa ter novamente um ambiente de muita alegria, de confraternização entre seleção e torcedores."

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