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Copa das Confederações

OAB vai acompanhar ação da polícia em protesto no Maracanã

29 jun 2013 - 19h28
(atualizado às 19h34)
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz, confirmou neste sábado que a entidade vai acompanhar as ações de controle da Polícia Militar nas manifestações que poderão ocorrer amanhã, no entorno do Maracanã, durante a partida final da Copa das Confederações. A solicitação da presença de representantes da OAB partiu do próprio comando da Polícia Militar fluminense, que também convidou o Ministério Público e a Defensoria Pública.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos
Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País

Felipe Santa Cruz considerou positivo o convite e informou que a OAB-RJ atuará em sistema de plantão, assim como ocorre desde o início da série de manifestações, com advogados voluntários fiscalizando in loco a garantia dos direitos civis e democráticos. "O controle social e a transparência são fundamentais para que se cumpra corretamente o dever das Forças de segurança, desde que haja respeito estrito à cidadania. Também defendemos a liberdade de manifestação e expressão, dentro dos limites legais, e repudiamos atos de vandalismo", disse o presidente da OAB-RJ.

Desde o dia 10 de junho, a entidade atua com uma equipe de cerca de 50 advogados voluntários, em sistema de rodízio, no acompanhamento das manifestações.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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