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Na Rússia, Júlio Baptista considera "normal" início ruim de Ceni

3 jul 2017 - 08h42
(atualizado às 08h42)
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O volante Júlio Baptista tem dedicado pouco tempo a acompanhar o São Paulo, clube que o revelou no início dos anos 2000. No dia em que o time comandado por Rogério Ceni perdeu por 2 a 0 para o Flamengo e entrou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o veterano estava elegantemente trajado para uma série de compromissos em São Petersburgo, na Rússia - o principal deles, a decisão da Copa das Confederações. Só diminuiu o seu passo apressado quando ouviu algumas perguntas em português, da Gazeta Esportiva.

"O que está acontecendo com o São Paulo é normal", disse Júlio Baptista, que foi companheiro de Ceni quando passou pelo time profissional do clube do Morumbi, entre 2000 e 2003. "Todo início de trabalho tem as suas dificuldades. O São Paulo não atravessa um grande momento, mas ou o clube tem paciência e espera para colher os frutos daquilo em que apostou, no caso o Rogério, ou será a mesma coisa que acontece sempre: troca de técnico", sorriu.

Aos 35 anos, Júlio Baptista está sem clube desde que foi dispensado pelo Orlando City, dos Estados, em novembro do ano passado. Ele nega ter encerrado a carreira de atleta, mas também não se mostra à vontade para falar sobre o seu futuro profissional - muito menos sobre um hipotético retorno ao time que o lançou para o futebol.

"Estou acompanhando pouco o São Paulo porque tenho viajado muito. Estava nos Estados Unidos, e lá não mostram muitos jogos do Brasil. Então, não tive como acompanhar os resultados, mas vi alguns números do São Paulo, alguns jogadores", ponderou o versátil volante, que também defendeu o Cruzeiro no Brasil, entre 2013 e 2015.

Foi por sua trajetória na Europa, contudo, que Júlio Baptista recebeu o convite para prestigiar a vitória por 1 a 0 da Alemanha sobre o Chile na final da Copa das Confederações. Antes mesmo de ver a partida ao lado dos compatriotas Ronaldo e Hulk, ele representou o Brasil na festa de encerramento do projeto Futebol pela Amizade, que reuniu crianças de 64 países para um torneio em um campo de grama sintética. Lá, foi apresentado como "lenda da Roma" - além de ter atuado pelo clube italiano, passou por Sevilla, Real Madrid e Málaga, na Espanha, e Arsenal, na Inglaterra.

"Esse evento foi incrível. Dou os parabéns aos organizadores, porque as crianças são o nosso futuro. É nelas em que devemos investir. Estou honrado", discursou Júlio Baptista, tão assediado quanto Iván Zamorano, ex-atacante chileno, poucos metros à sua frente. Entre os curiosos na Rússia, alguns apenas demonstravam que a inatividade do volante já começava a fazer a memória fraquejar. "Qual é mesmo o primeiro nome do brasileiro Baptista?", indagou um repórter de Bangladesh. "La Bestia?", devolveu um uruguaio, sem apresentar uma resposta à primeira pergunta.

A Besta, como Baptista foi apelidado no futebol espanhol, está mansa. Além de encarar com naturalidade o mau momento do São Paulo, o volante só teve boas palavras para externar as expectativas que a visita a Rússia lhe inspiraram em relação à Copa do Mundo do próximo ano. "Eu já tinha vindo para cá na época do sorteio da Copa das Confederações e voltei para a final. Tudo está sendo incrível. Será uma grande Copa, e espero que o Brasil chegue com muita força", comentou, politicamente.

Após a sua previsão positiva para o Mundial, o ex-são-paulino voltou a apressar os passos, apesar de não conseguir se desvencilhar de todos os últimos fãs, ávidos por autógrafos e fotografias. "Está russo", brincou alguém ao seu lado. Àquela altura, bem longe dali, na Ilha do Urubu, o São Paulo já tinha preocupações muito além de um cronograma a cumprir em São Petersburgo.

*O repórter viaja a convite da Gazprom.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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