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Copa das Confederações

Light, Felipão admite força-tarefa ao redor: "quero mandar ao inferno"

25 jun 2013 - 15h31
(atualizado às 15h43)
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<p>Treinador nem de longe lembra o comandante nervoso da Copa do Mundo de 2002</p>
Treinador nem de longe lembra o comandante nervoso da Copa do Mundo de 2002
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Uma cena marcou a convivência entre Luiz Felipe Scolari e os jornalistas durante a Copa do Mundo de 2002. Revoltado com um repórter da Folha de S. Paulo por conta de matéria que sugeria um "kit pornografia" na Seleção, o treinador foi até o saguão do hotel e precisou ser contido: a chance de agressão era enorme. Felipão, rígido mas quase sempre dócil com os jogadores, era uma bomba relógio prestes a explodir. Nem parece o mesmo treinador que voltou à Seleção uma década depois.

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Em entrevista coletiva nesta terça-feira, no Estádio Mineirão, onde o Brasil recebe o Uruguai na quarta, Luiz Felipe Scolari admitiu que a transformação não passa apenas por ele. É verdade que os resultados também têm contribuído, mas o entorno de Felipão pede calma nos momentos de pressão, como quando dos jejuns de gols com Neymar e Fred. Ou principalmente durante os protestos que ocorrem pelo Brasil.

"Felipão pede para ser agressivo", confessa Fred:

"O Murtosa (auxiliar) tem um bom ambiente com o grupo. Eu tenho outras atitudes que não sabem, e não dou conhecimento disso ao público, porque não interessa. A minha vida tem que ser mais resguardada", explicou Felipão antes das semifinais da Copa das Confederações.

"Não estou light e nem diferente. Sou o mesmo. Às vezes quero mandar um ao inferno, mas estão me podando", disse, antes de enumerar os membros da "força-tarefa". "O Murtosa, o Parreira (coordenador técnico), o Rodrigo (Paiva, assessor de imprensa) enchem minha paciência e aí venho e fico quieto", disse para arrancar gargalhadas dos presentes à entrevista.

O nome de Parreira, por sinal, é uma referência para Luiz Felipe Scolari no aspecto diplomacia. A contratação do coordenador técnico foi uma sugestão do próprio Felipão à direção da CBF. Um dos pontos fundamentais é amenizar o desgaste natural em torno do treinador, como ocorreu essencialmente durante as negociações com o Bayern de Munique, no fim de maio, para que Dante e Luiz Gustavo fossem liberados.

Fonte: Terra
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