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Copa Coca-Cola

Especialista nas faltas, Neto revela seu gol favorito

9 out 2012 - 07h44
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Quando o atacante está com a bola dominada e prestes a invadir a área, a primeira coisa que vem na cabeça do zagueiro é fazer a falta, certo? Pois alguns jogadores mostram tanta qualidade para bater na bola que fazem o defensor pensar duas vezes antes de cometer a infração. Isso porque, nos pés de craques como Neto, uma falta pode se tornar uma chance de gol ainda mais clara do que uma jogada com a bola rolando.

Ídolo do Corinthians, Neto ficou na história como um dos maiores cobradores de falta
Ídolo do Corinthians, Neto ficou na história como um dos maiores cobradores de falta
Foto: Divulgação

Um dos grandes ídolos da história do Corinthians, o ex-jogador afirma que percebeu que tinha talento na bola parada ainda nos campinhos de Santo Antônio da Posse (SP), sua cidade natal. Porém, o aprimoramento só veio por volta dos 15 anos, quando estava nas categorias de base do Guarani. "Ter o dom não significa produtividade. É preciso treinar muito", diz.

E Neto levava esta frase bem a sério. Quando estava na equipe do Parque São Jorge, chegava a cobrar entre 60 e 80 faltas por semana depois das atividades realizadas junto com o grupo. "Minha perna até inchava", destaca. O sacrifício, no entanto, foi fundamental para que ele entrasse para a história como um dos melhores na cobrança de falta. Em suas contas pessoais, foram 60 gols anotados desta maneira.

Para melhorar ainda mais a eficiência, o apresentador revela que buscava simular as condições de jogo, colocando a barreira um pouco mais próxima do que o permitido ou até mesmo deixando um homem sob a trave, recurso que dificultava um pouco seu trabalho.

Alguns fatores alteravam a maneira com que Neto chutava a bola durante o jogo. O principal deles era a distância para o gol. Se a bola estava mais longe, o ideal era bater de três dedos e com força. Mais próxima, o principal era chutar de chapa e com jeito. "Já de média distância, é preciso unir as duas coisas. Ou seja, bater de chapa, mas colocando força, o que é bem difícil."

Em dias de chuva, Neto tentava fazer a redonda pegar no chão antes de chegar ao gol, e já combinava com os companheiros para ficarem atentos com o rebote, que quase sempre vinha. Mas a posição preferira do craque canhoto era pela direita e bem próximo da área, de onde ele conseguia fazer um arco mais preciso em direção à baliza.

Entretanto, o gol mais marcante de sua carreira não foi marcado desta maneira, e sim da intermediária. "O meu preferido foi o que fiz contra Gilmar, do Flamengo, em pleno Maracanã, válido pelo Brasileirão de 1991. A falta era de longa distância, eu peguei muito bem na bola e mandei no ângulo, foi um golaço mesmo!"

Atualmente, ele destaca como especialistas Rogério Ceni e Marcos Assunção, que para ele é o melhor no fundamento. "Sempre gostei de ver Zico, Aílton Lira, do Santos, e Jorge Mendonça, de Guarani e Palmeiras. Eles inspiraram muito minha forma de chutar", cita.

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Fonte: PrimaPagina
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