Paraguai quer desagradar a Deus e ao Papa na mesma semana
Imagine desagradar ao Papa e a Deus na mesma semana. Pois essa é a missão do Paraguai no jogo desta terça-feira, 20h30, em Concepción, no Chile pelas semifinais da Copa América. Depois de eliminar o time do Brasil (dizem que Deus é brasileiro), agora é a vez de tirar o time do Papa Francisco, que é argentino, da decisão do campeonato.
Tarefa difícil para o time do também argentino, o técnico Ramón Diaz, que jamais venceu o adversário em 99 anos de história da competição: em 23 jogos foram 18 vitórias da Argentina e cinco empates.
Difícil mas não impossível. Se o sexto empate chegar o Paraguai pode se valer da sorte e competência da última Copa América em que chegou à decisão contra o Uruguai depois de empatar todos os jogos. Este ano já empatou com a própria Argentina, o Uruguai e o Brasil, a quem derrotou nos pênaltis. Da mesma forma que em 2011. O dilema do Paraguai é se reencontrar depois de ter sido último colocado nas Eliminatórias de 2014.
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A Argentina, que fez uma primeira fase bem mais ou menos, parece ter se encontrado nas quartas-de-final contra a Colômbia, com Messi jogando um futebol bem próximo do que se acostumou a ver. Pesa contra o time de Gerardo Tata Martino o fato de esta há 22 anos sem ganhar um título internacional. Nem mesmo o todo poderoso Julio Grondona, ex-presidente da AFA, morto em 2014, conseguiu fazer.
No meio de tudo isso ainda vai estar Sandro Meira Ricci, cuja arbitragem foi muito contestada após o Chile x Uruguai das quartas-de-final e de quem se chegou a dizer que estava afastado da Copa América. Fato nunca confirmado pela Conmebol, tanto que ele e seus assistentes estão de volta.
O Paraguai, de certa forma, ainda tentou ficar de bem com o Papa Francisco antes do jogo. Ortigoza, que joga no San Lorenzo, time do chefe da igreja católica, se machucou e está fora do torneio. Não enfrentou o Brasil e não tem mais condições de jogo.
Resta saber se daqui a dez dias, quando Francisco chegar ao Paraguai para uma visita oficial de três dias, os jogadores vão estar lá para recebe-lo com o Troféu da Copa América em mãos, ou pelo menos com a notícia de que eliminaram os vizinhos da competição. Bom, isso tudo se o Papa não resolver rezar para a Argentina. Na final da Copa de 2014 ele não rezou e deu Alemanha. Se ele resolver ter um papo com Deus, vai ficar difícil.
