Repórter é ameaçado por seguranças no Catar durante entrada ao vivo; veja vídeo
Oficiais do país disseram que iam destruir a câmera da equipe se não interrompessem as filmagens
O repórter Rasmus Tantholdt, da TV2 da Dinamarca, foi ameaçado por seguranças do Catar durante entrada ao vivo na terça-feira, 15, nas ruas de Doha, capital do país. O Catar é sede da Copa do Mundo, que começa no próximo domingo, dia 20.
Imagens compartilhadas pelo jornalista nas redes sociais mostram o momento em que o repórter conversa com o apresentador do canal e agentes de segurança do Catar chegam em um carrinho, parecidos com os usados em golfe. Os oficiais não permitem que o jornalista continue com a matéria e ameaçam destruir a câmera da equipe.
"Vocês convidaram o mundo inteiro para vir aqui. Por que não podemos filmar? É um local público. Você quer quebrar a câmera? Vá em frente. Vocês estão nos ameaçando", disse Tantholdt aos seguranças.
We now got an apology from Qatar International Media Office and from Qatar Supreme Commitee.
This is what happened when we were broadcasting live for @tv2nyhederne from a roundabout today in Doha. But will it happen to other media as well? #FIFAWorldCupQatar2022 pic.twitter.com/NSJj50kLql
— Rasmus Tantholdt TV2 (@RasmusTantholdt) November 15, 2022
Em seguida, o repórter apresentou as credenciais para a Copa do Mundo e a licença para filmar, mas, mesmo assim, foi impedido de voltar à entrada ao vivo.
Depois da confusão, o Comitê Supremo do Catar pediu desculpas à emissora e ao repórter. "Eles têm medo de que algumas dessas coisas venham à tona. Minha experiência depois de viajar para 110 países ao redor do mundo é que, quanto mais roupa suja você tiver no porão e não quiser mostrar, mais difícil será para nós, jornalistas, reportar. Isso é o que estamos experimentando aqui", relatou Tantholdt em reportagem na TV2.
Segundo o jornalista, demorou mais de 30 minutos para que os seguranças informassem que as credenciais eram válidas. No fim, os agentes apertaram a mão de Tantholdt e ofereceram uma caneca de suco de romã, o que o repórter entendeu como um pedido de desculpas.