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Copa da Rússia

Parreira aponta motivo da queda do Brasil e defende Neymar

Ex-técnico da Seleção acredita que faltou experiência de jogadores e comissão técnica em Mundial

12 jul 2018 - 10h46
(atualizado às 11h29)
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Técnico no tetracampeonato em 1994, Carlos Alberto Parreira elencou os motivos para a eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo. Para ele, a falta de experiência em um Mundial, tanto de jogadores quanto da comissão técnica, foi determinante para a queda. Além disso, Parreira defendeu Neymar quando ele foi criticado pelo ex-jogador e agora técnico Van Basten. Os dois fazem parte do grupo de estudos técnicos da Fifa (TSG, em inglês).

Parreira faz parte do grupo de estudos técnicos da Fifa
Parreira faz parte do grupo de estudos técnicos da Fifa
Foto: Joosep Martinson - FIFA/FIFA via Getty Images / Getty Images

"Faltou experiência de Copa, tínhamos bons jogadores, mas poucos com Copa (no currículo), assim como o estafe técnico. O Brasil poderia ter ido mais longe… Fomos melhores no segundo tempo, controlamos o jogo, tivemos chance de marcar, mas a Copa é decidida no detalhe", iniciou Parreira. "Continuamos sonhando em ganhar no Catar. Estamos sempre em busca de ganhar uma Copa do Mundo, é como uma religião para nós".

"O Brasil poderia ter ido mais longe…"

Além disso, o ex-técnico disse que é preciso resolver o problema que assombra a Seleção Brasileira, que não chega a uma final desde 2002, quando sagrou-se pentacampeã contra a Alemanha. Também falou sobre a necessária permanência de Tite no comando e que não é só o talento que alimenta um time vencedor: vai muito além disso.

"Não é só saber que há um problema, mas como resolvê-lo também. Vamos para 20 anos sem título, não é fácil ser um campeão do mundo. Não precisa ser só talentoso, se não ganharíamos todas as Copas. Precisa ter fome, ter paixão, ter organização. É muito diferente quando isso tudo está lá, quando há organização e talento, vamos ganhar. Quando falta algo, falhamos. Em 2006 não tínhamos a mesma fome, porque ganhamos em 2002. Os melhores jogadores não foram em sua melhor forma", observou.

"Vamos continuar com o trabalho de Tite. Quero que ele continue. É o melhor caminho para o hexa. Precisamos dos dois: Tite e Neymar"

Falando no camisa 10, ao lado de Parreira estavam os outros membros do TSG, sendo que o holandês Van Basten resolveu criticar o brasileiro por suas encenações. "Eu acho que simular não é uma boa atitude. Você tem que ter espírito e isso não vai te ajudar. Eu acho que ele pessoalmente deveria entender essa situação", disparou.

Parreira, entretanto, saiu em defesa do craque. "Ele é muito agredido também. Ele atrai essa mídia toda contra ele. O importante é que ele pode nos ajudar", finalizou.

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