SP: manifestantes protestam contra PM e repressão a atos durante jogos
Grupo distribuiu panfletos pedindo a desmilitarização da PM, no Vale do Anhangabaú, onde multidão assiste à partida entre Brasil e Espanha
Um grupo de cerca de 100 pessoas protesta, neste domingo, contra a repressão policial às manifestações populares contrárias à Copa das Confederações e pela desmilitarização da Polícia Militar no Brasil. O protesto pacífico ocorreu no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde milhares de pessoas se reuniram para assistir ao jogo entre a Seleção Brasileira e a equipe da Espanha, que ocorre às 19h.
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Os manifestantes, ligados ao movimento Comitê Popular da Copa, distribuíram panfletos denunciando as "violações de direitos humanos" que teriam ocorrido para que o País pudesse realizar a Copa do Mundo no próximo ano. Entre os exemplos dessas violações, o grupo aponta a retirada à força, pela PM, de moradores de bairros para a construção de estádios e obras, além da prisão de manifestantes nos protestos ocorridos nos últimos dias nas cidades-sede da Copa das Confederações.
"Essa ação não é contra a Copa, mas para mostra que a população deve ter direito a participar das decisões que envolvem a Copa. É possível realiza-la sem violar os direitos dos brasileiros", disse a advogada Juliana Machado, 29 anos, militante do Comitê.
O protesto também defendeu que a Polícia Militar seja desmilitarizada, ou seja, se torne uma entidade civil, que possa ser controlada e monitorada pela sociedade. Durante a manifestação, o grupo montou uma trave de gol no local e fez uma intervenção chamando as pessoas a cobrarem pênaltis para acertar os cartazes com as palavras "saúde", "trabalho" e "educação", enquanto os goleiros representavam a Fifa e a PM.
A manifestação ocorreu de maneira pacifica. No Vale do Anhangabaú, 230 policiais militares fazem a segurança do evento, e a Tropa de Choque foi colocada em alerta para ser acionada se necessário. Segundo a organização, cerca de 40 mil pessoas estiveram na festa neste domingo.
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