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Terra na Copa

Fifa discutirá com autoridades de SP demora nas obras da Arena Corinthians

14 mai 2013 - 16h40
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O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, revelou nesta terça-feira que discutirá com as autoridades de São Paulo as demoras nas obras da Arena Corinthians e advertiu que não descarta tirá-la do posto de sede da partida de abertura da Copa do Mundo de 2014.

"Haverá uma discussão com São Paulo sobre o estádio. Vamos nos sentar e ver o que está acontecendo. Já dissemos que é preciso pressa", disse Valcke em entrevista coletiva após uma visita de inspeção ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Responsáveis pela arena afirmaram recentemente que as obras serão concluídas em dezembro, dentro do prazo estipulado pela Fifa, mas que teriam que adiar a instalação de duas arquibancadas temporárias, erguidas apenas para o Mundial.

Valcke lembrou que a entidade máxima do futebol mundial tem como limite o dia 1º de agosto - data na qual os ingressos para a Copa começarão a ser vendidos - para fazer qualquer alteração no calendário de partidas.

"Não se esqueçam, e não é uma ameaça: podemos mudar tudo até o primeiro minuto da venda de ingressos", destacou o secretário-geral, que garantiu, no entanto, que o desejo da Fifa é manter as 12 sedes.

Segundo os cálculos mais recentes da construtora Odebrecht, que atualmente tem 1.420 trabalhadores no projeto, 76 % das obras do estádio já foram concluídas.

Ao saber das palavras de Valcke, o Corinthians reagiu dizendo, através de um comunicado, que não aceitaria pressão alguma da Fifa.

"O estádio para os corintianos teria 48 mil e, quando o estádio passou a ser requisitado para a Copa do Mundo, foi feito um remanejamento do projeto para 68 mil lugares. O objetivo do Corinthians sempre foi, neste caso, servir a cidade, o estado e o país. Por isso, o clube aumentou a capacidade do estádio e não aceita nenhum tipo de pressão", rebateu o clube paulista.

"Se entendem que devem mudar o local de abertura da Copa, fiquem à vontade. O Corinthians só espera que FIFA e o Comitê Organizador Local (COL) reconheçam o esforço da Prefeitura de São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, do Governo Federal e principalmente da população paulista", acrescenta a nota.

EFE   
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