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Colômbia tenta evitar 'síndrome de Robin Hood' diante do emergente Catar

Depois de vencer a Argentina, time de James Rodríguez quer evitar zebra diante do rival menos tradicional

19 jun 2019 - 04h41
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O empate do Catar diante do Paraguai parece ter surpreendido demais Carlos Queiroz. O técnico português da Colômbia pregou muito respeito ao atual campeão asiático, adversário desta quarta-feira, às 18h30, no Morumbi, pela segunda rodada da Copa América. O "professor" quer evitar que sua equipe sofra da "síndrome de Robin Hood", que no caso representa tirar dos países mais tradicionais no futebol, os "ricos", para dar aos "pobres", seleções emergentes.

Os colombianos lideram a chave com três pontos, contra um de Catar e Paraguai. A Argentina, sem ponto, está na lanterna. Na última rodada, domingo, jogam Catar x Argentina e Colômbia x Paraguai.

Experiente, Carlos Queiroz, que já trabalhou na seleção iraniana, afirmou que não se pode menosprezar os adversários menos badalados. Ainda mais o Catar, país possuidor de estrutura de primeiro mundo e ganhador de títulos importantes. "A seleção do Catar é campeã asiática. Seus campos parecem sonhos da Disney World e são melhores do que os do Brasil, França, Inglaterra. Sánchez (Felix, técnico do Catar) é a ponta do iceberg de um trabalho de vários anos que é bem feito no país", afirmou o treinador da Colômbia. "Futebol não se ganha com o nome e sim com o trabalho dentro de campo."

Sánchez reconhece que a Colômbia é um dos candidatos ao título, principalmente após a vitória sobre a Argentina na estreia. Mas afirma que o Catar está evoluindo. "Queremos ser reconhecidos como uma equipe competitiva, que possui um bom futebol e que tem condições de enfrentar qualquer seleção do mundo", afirmou. "A conquista da Copa da Ásia teve repercussão no mundo todo, mas a Copa América também é uma vitrine importante", completou o treinador que o Catar será sede do Mundial de Futebol de 2022 e que está se preparando para o grande torneio já na disputa do torneio sul-americano,

Alçado ao cargo de técnico da seleção principal após a demissão do uruguaio Jorge Fossati, Sánchez reformulou parte da equipe e abriu espaço para os jovens formados nas bases. Apostou nos atletas que ele conhecia. Hoje, é visto como um Midas, principalmente pelo desenvolvimento de boa parte dos jogadores que integram atualmente a seleção do Catar.

A vitória sobre a Argentina na estreia da Copa América não deslumbrou Carlos Queiroz, que ainda coloca sua seleção abaixo de Brasil e Argentina no favoritismo pelo título, mas, ao mesmo tempo, não descarta a possibilidade de levar sua equipe a uma conquista, obtida pela última vez na edição de 2001. Diante de jogadores renomados como Mina, Cuadrado e Falcao Garcia, Carlos Queiroz destacou a sempre boa participação do meia James Rodríguez. "Acho que os ares do Brasil fazem bem a ele", brincou o treinador, lembrando o fato de o jogador ter sido um dos destaques da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil, que o levou a ser contratado pelo Real Madrid.

Grande surpresa da primeira rodada, o Catar precisa corrigir alguns de seus muitos problemas defensivos. O time falhou muito no primeiro tempo. As ideias de jogo de Félix Sánchez têm origem no Barcelona, onde trabalhou nas categorias de base até 2006 e treinou Lionel Messi. Posse de bola e ofensividade são a tônica do time atual. O time aposta no tradicional 4-1-4-1 e aposta em Afif pela esquerda e no centroavante Moez Ali, goleador na Ásia.

Estadão
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