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Clubes europeus criticam Fifa por não fazer consulta sobre Copa do Mundo a cada dois anos

Em comunicado oficial, a Associação Europeia de Clubes exige um acordo com a entidade e se posiciona totalmente contrária a ideia, preferindo valorizar as competições de clubes do continente

24 set 2021 - 09h24
(atualizado às 10h54)
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A Associação Europeia de Clubes (ECA, na sigla em inglês) exigiu nesta sexta-feira da Fifa "um acordo" sobre a reforma do calendário internacional, lembrando a entidade de suas obrigações e lamentando "a ausência de uma verdadeira consulta" sobre o seu projeto de realizar uma Copa do Mundo a cada dois anos. Em um comunicado oficial, se diz totalmente contra a ideia. Ela prefere valorizar as competições de clubes no continente.

"O novo projeto da Fifa teria um impacto direto e destrutivo no futebol e colocaria em risco a saúde e o bem-estar dos jogadores. A ECA acompanha com grande preocupação a campanha lançada pela Fifa. Não existiu qualquer consulta real aos clubes e isso é uma violação direta e unilateral de certas obrigações legais", defendeu a associação, que representa 247 clubes e é liderada pelo presidente do Paris Saint-Germain, o empresário catariano Nasser Al-Khelaifi.

A ECA acrescentou ainda que é "urgente negociar e chegar a um acordo conjunto" com a Fifa para a reformulação do calendário internacional, com menos janelas para as seleções nacionais. "Somos favoráveis à redução do número de janelas internacionais - semanas em que os jogadores deixam os seus clubes para se concentrarem com suas seleções nacionais, mas não para uma Copa do Mundo a cada dois anos", informou.

Além da Associação Europeia, o presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin, e a Conmebol, através de seu mandatário, o paraguaio Alejandro Domínguez, também demonstraram que são contra a realização de um Mundial de dois em dois anos. A Fifa ainda não tomou sua decisão sobre o assunto, nem vai mudar o formato da Copa nos próximos anos.

Na próxima semana, no dia 30, no entanto, a Fifa vai realizar uma "cúpula online" e quer ouvir as suas 211 federações membro sobre este projeto, que tem sido publicamente defendido pelo seu diretor de desenvolvimento, o francês e ex-treinador Arsène Wenger. As entidades que cuidam dos atletas também devem participar da discussão em algim momento.

Estadão
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