PUBLICIDADE

Celso Barros critica Vasco e Flamengo por reunião com Bolsonaro: 'Desserviço'

Vice-presidente afastado do Fluminense afirma que colegas minimizam pandemia ao se encontrar com presidente do Brasil

20 mai 2020 - 14h58
(atualizado às 14h58)
Compartilhar
Exibir comentários

A divisão entre os principais clubes do Rio sobre a possibilidade de retomada dos treinos sem restrições e das competições voltou a ser exposta. Após dirigentes de Vasco e Flamengo irem à Brasília para reunião com o presidente de Jair Bolsonaro, a postura dos times foi criticada por Celso Barros, hoje afastado da vice-presidência de futebol do Fluminense, que é contra a volta nesse momento, assim como o Botafogo.

Para ele, os clubes prestaram um desserviço à sociedade. "Com todo o respeito, penso que o Vasco e o Flamengo prestaram um enorme desserviço à população carioca e brasileira ao procurarem endossar que tudo isso não passa de uma 'gripezinha' e que no caso deles, significa retornar as atividades, desrespeitando os atletas, funcionários e suas famílias", publicou, em texto divulgado em seu perfil no Instagram.

Atual técnico do Fluminense, Odair Hellmann, com Celso de Barros
Atual técnico do Fluminense, Odair Hellmann, com Celso de Barros
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

Bolsonaro almoçou na última terça com os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do Vasco, Alexandre Campello. Em pauta, estava a possível retomada de torneios de futebol durante o período de crise por causa do novo coronavírus. As competições estão interrompidas desde março.

Outro tema foi a possibilidade de levar os treinos das duas equipes para Brasília. Flamengo e Vasco poderiam retomar suas atividades no gramado no estádio Mané Garrincha, já colocado à disposição pelas autoridades do Distrito Federal. Seria uma forma de retomar os trabalhos sem haver conflitos com o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que ainda não autorizou o retorno dos clubes aos treinos. Além disso, anteriormente Bolsonaro defendeu a volta das atividades no futebol.

"Certamente ocorreu uma discussão sobre a volta do futebol no Brasil. Esses clubes, que tem um enorme número de torcedores, passaram para todos, discurso contrário, a princípio, ao distanciamento social. Esta tem sido uma defesa do governo federal, que é contrária a todas as lideranças mundiais", afirmou Celso Barros, também atacando a postura do presidente da República.

Ele ainda lembrou o aumento dos casos de coronavírus no Rio, citando Ana Beatriz Busch, a Secretária Municipal de Saúde da cidade. "No Rio de Janeiro, que é a base desses dois clubes, as mortes não param de crescer. Em entrevista, o prefeito do Rio, diz que não poderão existir treinos e convida os clubes a ouvirem a Bia, que contraiu a covid-19 e graças a Deus já se recuperou. Bia era ou é a Secretária Municipal de Saúde. Salientou ainda que ela é rubro-negra", acrescentou.

Hoje tomamos conhecimento de uma reunião em Brasília, dos presidentes do Flamengo e do Vasco, com o presidente Jair Bolsonaro. Certamente ocorreu uma discussão sobre a volta do futebol no Brasil. Esses clubes que tem um enorme número de torcedores, passaram para todos, discurso contrário, a princípio, ao distanciamento social. Esta tem sido uma defesa do Governo Federal, que é contrária a todas as lideranças mundiais. No Rio de Janeiro, que é a base desses dois clubes, as mortes não param de crescer. Em entrevista, o prefeito do Rio, diz que não poderão existir treinos e convida os clubes a ouvirem a Bia, que contraiu o COVID-19 e graças a Deus já se recuperou. Bia era ou é a Secretária Municipal de Saúde. Salientou ainda que ela é rubro-negra. Com todo o respeito, penso que o Vasco e o Flamengo, prestaram um enorme desserviço à população carioca e brasileira, ao procurarem endossar que tudo isso não passa de uma "gripezinha" e que no caso deles, significa retornar as atividades, desrespeitando os atletas, funcionários e suas famílias. Que Deus nos proteja!

Uma publicação compartilhada por Celso Barros (@celsobarrosoficial) em

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade