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CBF supera um dos maiores desafios de toda a sua história

Brasileiro termina sem nenhum caso de morte por covid-19 entre jogadores, árbitros e comissão técnica dos clubes das 4 divisões nacionais

25 fev 2021 - 12h26
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A data de 25 de fevereiro de 2021 marca um capítulo à parte na história do futebol brasileiro, com o encerramento do campeonato da Primeira Divisão nacional depois de meses de dúvidas e incertezas provocadas pela pandemia de covid-19. Desde agosto, quando da primeira rodada da Série A e das demais divisões – a Quarta Divisão foi exceção e começou em setembro -, a CBF adiou oito jogos por causa do novo coronavírus. Mas tudo se encaixou e as Séries B, C e D chegaram ao fim sem grandes percalços.

Foi assim também com a Copa do Brasil e demais torneios organizados pela entidade. Restou a competição que reúne a elite do País e que nesta noite conhecerá seu campeão – Flamengo ou Internacional.

CBF fez aposta que deu certo na realização do Brasileiro em meio à pandemia
CBF fez aposta que deu certo na realização do Brasileiro em meio à pandemia
Foto: Sílvio Alves Barsetti

A CBF se cercou de cuidados para atravessar esse período bastante conturbado. Estreitou contato com o Ministério da Saúde, governos estaduais e prefeituras, e seguiu as orientações das autoridades sanitárias. Reuniu-se várias vezes com federações e clubes e concluiu que poderia promover o Brasileiro sem riscos para seus protagonistas.

“O único trauma foi a perda de receita, em razão dos jogos sem público. Elaboramos um protocolo conectados com a ciência e criamos um modelo que permitiu a volta do futebol. A CBF arcou com o custo de aproximadamente 80 mil testes (para detecção do vírus) de todos os clubes de competições organizadas pela entidade. Só nisso foram aplicados cerca de R$ 40 milhões”, conta o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.

A fim de se proteger de transtornos fora de campo, a CBF negociou com a Justiça do Trabalho a realização eventual de jogos num espaço de 48 horas. Em meio a todo esse turbilhão, fechou questão com relação ao número mínimo de 13 atletas para que um time pudesse atuar – em comum acordo com os clubes e as federações.

Por isso, não havia como ceder à pressão do Flamengo pelo adiamento de seu compromisso com o Palmeiras, em setembro, pela 12ª rodada do Brasileiro. Na oportunidade, o clube carioca, com surto de covid-19 em sua equipe, quis alterar a data do clássico. Mas, exatamente uma semana antes da polêmica, o próprio Flamengo havia avalizado a decisão de que todos os clubes deveriam realizar as partidas se houvesse pelo menos 13 jogadores em condições de disputá-las.

Feldman diz que até a Fifa elogiou as medidas efetuadas pela confederação.

“Construímos uma unidade de ação priorizando a saúde pública, em permanente diálogo com entes governamentais, federações, Comissão Nacional de Clubes, patrocinadores, TV, etc. O presidente (da CBF) Rogério Caboclo, desde o início desse processo, apostou no modelo adotado. A resposta se deu em alto nível.”

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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