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CBF: saída de Blatter é bem-vinda para mobilizar o futebol

2 jun 2015 - 16h38
(atualizado às 17h25)
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A renúncia de Joseph Blatter àquele que seria seu quinto mandato no comando da Fifa surpreendeu os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade, que também passa por um momento conturbado com a prisão de seu ex-presidente, José Maria Marin, em meio aos escândalos de corrupção investigados pelo Departamento de Justiça dos EUA, não confirmou seu apoio à reeleição do suíço na última sexta-feira, mas mostrou otimismo com o indício de "renovação" na gestão do futebol mundial.

Secretário-geral da CBF, Walter Feldman, disse que se surpreendeu com renúncia de Blatter
Secretário-geral da CBF, Walter Feldman, disse que se surpreendeu com renúncia de Blatter
Foto: Rafael Ribeiro/ CBF / Divulgação

"Acho que o Victor Hugo (poeta francês) diz aquela frase, 'Nada segura aquilo que seu tempo chegou'. E o que chegou é uma grande mobilização do futebol, uma demanda que exige gestão e transparência", disse o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, à BBC Brasil. "É importante que a sociedade tenha confiança na forma como aquilo está sendo gerido".

Segundo Feldman, a CBF recebeu com surpresa a renúncia de Blatter após 17 anos no comando da Fifa. O secretário ressaltou, porém, as intenções da nova gestão da CBF em "modernizar" o futebol brasileiro, e indicou que a mudança na Fifa pode ser benéfica nesse sentido.

Blatter anuncia renúncia e marca novas eleições na Fifa:

"Recebemos a notícia com muita surpresa. Mas nós estamos aqui em um forte movimento de renovação das práticas e gestão do futebol, e se isso contribuir pra essa necessidade de modernização, ela é bem-vinda".

Questionado se tem algum receio de que a investigação da Fifa prejudique a imagem da CBF, Feldman negou. "Acho que o novo nasce da experiência dos acertos e equívocos do passado. Quando identificamos o erro do (José Maria) Marin, ele foi afastado. Essa gestão tem compromisso com transparência e modernidade".

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