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CBF diz que Coronel vai "acelerar transparência e ética"

18 dez 2017 - 11h37
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Enquanto Marco Polo Del Nero, suspenso pela Fifa por ter seu nome envolvido em crimes de corrupção, manobra internamente para não perder poder na CBF, o site da entidade dá um breve registro da biografia do presidente em exercício, coronel  Antônio Nunes, no qual salta aos olhos o último parágrafo, que contradiz a atual gestão da confederação.

Foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press

O texto destaca que o coronel pretende “dar sequência acelerada à renovação das práticas do futebol brasileiro no caminho da modernização, transparência e ética corporativa”.

O próprio coronel foi alçado à vice-presidência da CBF pela porta dos fundos, num ato considerado como golpe até mesmo por dirigentes da entidade.

Foi quando, em 2015, já no olho do furacão e antevendo o seu afastamento, Marco Polo Del Nero quis botar na vaga de José Maria Marin, então vice da entidade e preso naquele ano na Suíça, por crimes de corrupção, um vice mais idoso que Delfim Peixoto, que era o primeiro na linha sucessória.

Delfim vinha defendendo publicamente punições severas a quem tivesse se beneficiado ilicitamente da CBF e provocava mal-estar entre os apoiadores de Del Nero, Marin e Ricardo Teixeira – outro investigado pela Justiça por crimes de corrupção.

Na oportunidade, o coronel Nunes era presidente da Federação de Futebol do Pará. Mas, como entre os homens de confiança de Del Nero não havia outro dirigente com mais idade que Delfim, a opção recaiu sobre o coronel, que passou a ser vice para a Região Sudeste. Contou, para tanto, com a anuência de outros dois dirigentes poderosos – Rubens Lopes, da federação carioca, e Reinaldo Bastos, da federação paulista e diretor da CBF. Dupla que jamais confrontou Del Nero diante das acusações de corrupção no comando da entidade.

Naquele momento, a CBF tinha cinco vices, um para cada região do País e o estatuto determinava que, na ausência do presidente, quem assumiria o cargo era o vice mais velho. Delfim morreu na queda do voo da Chapecoense, em novembro de 2016. Desde o acidente, a diretoria da CBF não promoveu eleição para a definição do substituto dele.

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Fonte: Especial para Terra
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