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CBF cobra dos clubes taxa para credenciamento de imprensa

1 jul 2016 - 15h03
(atualizado às 15h55)
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Mesmo com uma saúde financeira abastecida por patrocínios milionários, em contraponto aos clubes atolados em dívidas, a CBF decidiu cobrar uma taxa do borderô de R$ 300 de cada jogo das Séries A e B do Brasileiro de 2016 para credenciamento de imprensa. Somando-se as partidas das duas competições (760 ao todo), o total retirado dos clubes neste ano vai chegar a R$ 228 mil.

Perto do volume de dinheiro arrecadado pelos clubes com a venda dos direitos de transmissão dos jogos, a quantia extraída das rendas é pequena (os 300 reais cabem ao mandante), mas demonstra, no mínimo, a falta de percepção da CBF com a realidade dos clubes brasileiros.

“Não nos afetará ao final do ano, mas é desagradável, pois a gente não vê nenhum movimento da CBF para diminuir nossas despesas. E a confederação existe para gerir o futebol brasileiro. Ela tem sim muita responsabilidade sobre os clubes”, disse ao Terra, sob anonimato, o presidente de um dos grandes clubes do Sul do País.

Conforme o documento datado de maio deste ano - DCO-158/16 da CBF -, assinado pelo diretor de Competições, Manoel Flores, e obtido com exclusividade pelo Terra, o responsável pelo credenciamento das partidas é o jornalista José B. Telles. Ele presta o mesmo serviço em jogos da seleção brasileira desde 2000.

Sua função é orientar e aprovar, ou até mesmo vetar, o trabalho de profissionais de imprensa no gramado, notadamente repórteres de rádio e TV,  cinegrafistas e fotógrafos. Em média,  passam pelo crivo de Telles e sua equipe cerca de 50 nomes por jogo das Séries A e B do Brasileiro.

Foto: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético Mineiro
Fonte: Silvio Alves Barsetti
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