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Carille exalta jogo bonito, evita falar em título e pede "controle" maior

11 jun 2017 - 19h20
(atualizado às 19h20)
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O técnico Fábio Carille cada vez mais parece ser a tradução da evolução do seu time dentro de campo. Antes acanhado, dando respostas objetivas e pouco se estendendo, contente com o básico, ele cada vez mais se solta ao analisar as partidas do Corinthians, lembrando a evolução do time em campo. Neste domingo, após o 3 a 2 sobre o São Paulo, o discreto comandante levou até o filho Leonardo para acompanhar sua entrevista na sala de coletivas do estádio de Itaquera.

Posicionado ao lado do pequeno e mantendo um discurso sereno, Carille viu muito mais pontos positivos do que negativos, mesmo com as falhas defensivas. Em campo, pediu apenas que os seus comandados tivessem um cuidado maior com a bola, impedindo o "sufoco" são-paulino no final. Fora dele, mais uma vez foi questionado sobre pretensões de título, e não subiu o tom de seu discurso.

"Não falar sobre título é uma linha de trabalho que eu criei. Mesmo quando fomos muito criticados, não falei em nenhum momento sobre perspectivas. Gosto de trabalhar jogo a jogo. Não sei o que vai acontecer. Vou continuar com esse discurso, sim. Não vou pensar no jogo contra o Coritiba se tem o Cruzeiro antes. Não vou pensar em título. Vamos jogo a jogo", avaliou, claramente incomodado com o fato de os comandados quase complicarem o que parecia uma vitória fácil.

"Tem coisa para evoluir ainda. Na hora em que estávamos com 3 a 1 no placar, tentamos contra-ataques, sendo que era hora de ficar mais com a bola. Tem gente chegando, o Clayson querendo fazer gols, se atirando na hora que era para segurar a bola. Temos muito a crescer ainda", observou.

Apontado como um treinador que preza mais o jogo defensivo do que o ofensivo, Carille ainda analisou os oito gols marcados nos últimos dois jogos, apontando as performances em clássicos desde o início como o maior exemplo da facilidade de jogar apresentada pelo ataque.

"Foi uma vitória diferente do que foram os primeiros jogos, quando não propomos jogo. Contra Santos e São Paulo a gente mudou. Era o que o nosso trabalho vinha buscando, tivemos tempo para treinar. E tem também o fundamental, que é eles se conhecerem cada vez mais", analisou, ressaltando a boa participação inclusive dos volantes Maycon e Gabriel, que balançaram as redes rivais nas partidas recentes.

"Estão jogando muito. O Gabriel melhorando na saída de bola. O Maycon já conhecíamos esse poder dele desde as categorias de base. Eles estão bem, chegando ao ataque. No lance do gol, os dois chegaram, passou pelo Maycon e o Gabriel finalizou. Com quatro jogadores atrás, não tomo contra-ataque. Falei isso no intervalo", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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