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Carille defende atuação e alega que Cássio quase não foi ameaçado

25 mar 2018 - 20h00
(atualizado às 20h00)
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Fábio Carille adotou uma postura defensiva não apenas ao escalar o Corinthians contra o São Paulo neste domingo, no Morumbi, no jogo de ida das semifinais do Campeonato Paulista. Ao final da partida, que terminou com vitória do rival por 1 a 0, o técnico também se fechou para rebater as críticas à atuação da sua equipe.

"Foi para dar mais proteção, para controlar o jogo, por causa dos desfalques e dos dois dias a menos de preparação, e funcionou", disse Carille, justificando a sua formação com três volantes - Ralf, Gabriel e Maycon -, da qual não abriu mão nem mesmo no segundo tempo, quando já perdia a partida. Para ele, a etapa inicial do Corinthians, inofensivo, não justificava uma mudança brusca na estratégia para o clássico.

"A única coisa que achei errada foi o time não estar entrando tanto no campo adversário, mesmo com os três volantes. Foi o que cobrei. Ainda assim, o São Paulo não criou chances. Não lembro de o Cássio ter trabalhado, sinceramente. Não houve pressão", alegou, falando mais de uma vez que o seu goleiro quase não foi ameaçado pelo rival.

Fábio Carille, portanto, estava mais preocupado em defender do que em atacar no Morumbi. A intenção era segurar o São Paulo no jogo de ida, neste domingo, para decidir o mata-mata a seu favor na quarta-feira, em Itaquera. "Estamos levando o resultado mínimo para casa. É muito ruim perder, mas a gente tem que pensar no todo. Neste momento, estamos pensando nos dois jogos", confirmou.

Justiça seja feita, Carille precisou lidar com uma série de problemas na partida de ida. O Corinthians disputou o jogo decisivo das quartas de final na quinta-feira, dois dias após o São Paulo, e teve pouco tempo para descanso. Para piorar, tinha uma série de desfalques - entre eles, o lateral direito Fagner, na Seleção Brasileira, o zagueiro Balbuena e o atacante Romero, na paraguaia, e o volante Renê Júnior, o meia Jadson e o atacante Clayson, lesionados. Minutos antes de o clássico começar, o armador Rodriguinho foi mais um a acusar uma contusão.

"Quando você perde dois e até três jogadores, consegue vir para o jogo com as mesmas ideias. Com cinco ou seis fora, faltará alguma coisa, ainda mais nesta fase, em que praticamente não temos tempo para treinar", lamentou Carille.

Seja como for, o técnico evitou mudar ainda mais o Corinthians, que jogava mal, no decorrer do duelo no Morumbi. Assim como havia ocorrido na vitória por 2 a 0 sobre o Bragantino e em outras ocasiões na temporada, ele só fez duas substituições contra o São Paulo. Aos 16 minutos do segundo tempo, trocou Júnior Dutra por outro atacante contestado por torcedores, Lucca. E, só aos 30, recorreu ao xodó Pedrinho na vaga de Emerson Sheik.

"Contra o Bragantino, não era para fazer substituição nenhuma. Hoje, também. Começou o jogo, a bola rodou, e eu não via substituição. Mexer por mexer acaba dando errado. Não tem que colocar a mão", defendeu-se Fábio Carille, que até cogitou sacar um dos seus três volantes. "A gente pensa, conversa. Falei com o Fabinho (auxiliar) sobre tentar empatar o jogo assim. Mas, se eles fizessem 2 a 0, ficaria pior."

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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