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Calmo, sereno e apaixonado, Gallardo faz história com bi da Libertadores

9 dez 2018 - 20h31
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Desde 2014, o torcedor do River Plate ganhou maiores motivos para sorrir. Com a chegada de Marcelo Gallardo, o clube ganhou um novo patamar, e se tornou protagonista no cenário sul-americano. São dez títulos, sendo dois deles, o troféu mais cobiçado dos clubes na América Latina: a Copa Libertadores.

Anteriormente, Gallardo ganhou a Copa Sul-Americana (2014), Recopa Sul-Americana (2015 e 2016), Supercopa Euroamericana (2016), Libertadores (2015 e 2018), Copa Suruga (2015), Copa Argentina (2015-16 e 2016-17) e a Supercopa Argentina (2017).

O treinador é, talvez, um dos maiores nomes da história do River, senão o maior. Além de ter sido campeão como técnico, Gallardo havia alcançado a façanha em 1996, sendo jogador da equipe. Assim, participou de três das quatro conquistas continentais dos Millonarios.

Apelidado de El Muñeco (O Boneco) pela torcida, Gallardo agora faz história não apenas por ser o técnico que conseguiu conquistar duas vezes a Libertadores pelo clube. Em ambas as ocasiões, despachou o rival Boca Juniors. Em 2015, eliminou a equipe nas oitavas de final, e agora, venceu na decisão.

Com 42 anos, e tantas taças, o comandante não se destaca apenas por sua competência. Em 2017, na histórica vitória por 8 a 0 frente ao Jorge Wilstermann, da Bolívia, pela Libertadores, enquanto a torcida o aplaudia no intervalo, Gallardo apontou para os jogadores, dando sinal claro de que seus comandados eram os maiores responsáveis pelas façanhas alcançadas pelo River. Tal atitude, é corriqueira na carreira. Marcelo jamais se comporta como estrela, sempre procura dar atenção aos torcedores e jornalistas.

O futebol sul-americano é marcado por paixão e vibração. Gallardo atualmente é pleno e sereno. A carreira como jogador o ensinou que ser esquentado pode não ser muito útil. Nos dias de hoje, é o ponto da tranquilidade no River Plate. Mesmo assim, está longe de ser passivo, no meio da loucura que cerca a Argentina.

Mesmo com a calmaria, recentemente, o técnico ficou marcado pelo episódio contra o Grêmio, em que ficou nos camarotes e entrou no vestiário, quando não poderia estar dirigindo o time. Gallardo admitiu que deveria ter cumprindo a punição. Porém, disse em entrevista, que a situação acabou sendo um ato emocional

Além da calmaria e da serenidade, o comandante mostrou o lado mais sul-americano de sentir um jogo de futebol, e esteve com seu grupo o tempo todo. Mesmo com a punição, passou instruções ao seu auxiliar pelo rádio, e esteve na festa após a vitória contra o Grêmio por 2 a 1, em Porto Alegre, que colocou o time na final.

Responsável direto por recolocar o River Plate como protagonista da América. O técnico mais vitorioso da história do clube. Este é Marcelo Gallardo, bicampeão da Libertadores com os Millonarios. Um homem que outrora já foi agitado, e hoje transmite a serenidade e a paixão de um vencedor.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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