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Goiás nega irregularidade de jogador e descarta punição

3 dez 2018 - 17h21
(atualizado às 19h24)
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Nesta segunda-feira, o Goiás foi pego de surpresa com uma acusação de utilização irregular do seu lateral, Ernandes Dias Luz, na última temporada. Em contato com a Gazeta Esportiva, a assessoria do Goiás negou qualquer irregularidade praticada pelo clube, alegando que o fato não é de responsabilidade do clube e pontuando que não há possibilidade de punição.

"Não tivemos nenhum jogador escalado de maneira irregular. Todos estão aptos e inscritos dentro de toda regularidade e critério do campeonato. No Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ernandes Dias Luz nasceu no dia 11 de novembro de 1987, ou seja, como consta no documento apresentado pelo jogador no ato de contrato com o Goiás Esporte Clube. Se o atleta possui outra documentação, o fato não é de responsabilidade do clube que o contratou e sim de quem efetuou o registro do jogador como profissional de futebol. Em toda documentação de Ernandes apresentada ao Goiás, desde Carteira de Trabalho, de Reservista, Carteira de Motorista e de Identidade apresentam a data de nascimento com o ano de 1987. Fato este que não acarretará nenhum tipo de ação ou punição contra o Goiás Esporte Clube. O atleta está de férias e até o presente momento não foi localizado para prestar esclarecimentos sobre o fato apresentado", explicou.

Entenda o caso

Segundo informações do repórter Pedro Orioli, repórter da Rádio Central AM Campinas, o Goiás teria registrado e utilizado o lateral esquerdo Ernandes Dias Luz de forma irregular na disputa da Série B neste ano.

De acordo com as informações, o lateral, que atuou em 31 oportunidades pelo Esmeraldino na última temporada, teria duas certidões de nascimento: uma original, que data de 11 de novembro de 1985 e outra (não confirmada), de dois anos depois, 11/11/87 data em que o atleta foi registrado pela equipe e no BID da CBF. Assim, o lateral teria 33 anos e não 31 como aponta o próprio site do Goiás.

Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a suposta infração está descrita no Artigo 214, que diz: "incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente" acarreta na " erda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória

no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$100.000,00 (cem mil reais).

"Para os fins deste artigo, não serão computados os pontos eventualmente obtidos pelo infrator. O resultado da partida, prova ou equivalente será mantido, mas à entidade infratora não serão computados eventuais critérios de desempate que lhe beneficiem, constantes do regulamento da competição, como, entre outros, o registro da vitória ou de pontos marcados", acrescenta o artigo.

Outros clubes interessados

Assim, dois clubes poderiam se beneficiar do caso: Ponte Preta e Paysandu. Quinta colocada na Série B, a Macaca terminou o campeonato empatada em números de pontos com o Goiás, quarto colocado, mas atrás pelo número de vitórias: 18, contra 16. Assim, caso a irregularidade se confirme e haja punição pelo STJD, o time de Campinas garantiria o acesso à Série A.

A assessoria da Ponte Preta disse à Gazeta Esportiva que está apurando o caso e verificando a veracidade da informação para em seguida decidir quais serão as medidas a serem tomadas. Segundo o clube, o presidente José Armando Abdalla, o diretor jurídico Giuliano Guerreiro e o advogado João Felipe Artioli falarão sobre o caso à imprensa nesta terça-feira, às 9h (de Brasília), no Majestoso.

No caso do Paysandu, a equipe terminou na 17ª posição, com 43 pontos e caso o Goiás perca os pontos disputados com Ernandes em campo, o Esmeraldino cairia direto para a zona de rebaixamento e consequentemente para a Série C, mantendo o clube paraense na segunda divisão.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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